A pílula do contrário

A pílula do contrário

Estudo da Universidade da Pensilvânia revela que pessoas que tomam remédios para perder o peso se descontrolam achando que podem tudo. Para elas, o resultado é surpreendente – da pior maneira possível. 

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Basta tomar uma pílula para peder a barriga. Como a promessa é por demais tentadora, muita gente aposta na saída farmacológica para manter a forma.

Mas, segundo pesquisa da Universidade da Pensilvânia (Estados Unidos), o que acontece é bem o contrário.

Pessoas que tomam pílulas para controlar o apetite acabam comendo mais. Por colocar fé demais no poder do medicamento, seus usuários perdem a linha diante do buffet.

O estudo, que foi publicado o Journal of Public Policy & Marketing, envolveu 600 voluntários. Metade do grupo assistiu a um comercial sobre uma pílula eficaz em reduzir a cintura. A todos foram servidas bolachas, algumas tradicionais, outras marcadas como light.

Como resultado, os que ficaram sabendo do remédio emagrecedor comeram mais que os outros. E escolheram servir-se da bolacha mais “gorda”. Este comportamento de risco é baseado nas falsas expectativas criadas.

A professora Lisa Bolton, líder do estudo, alerta para o fato de que as pessoas que mais precisam perder peso, e que por isso aderem com entusiasmo à solução prática dos remédios, são as mesmas que sucumbem mais rapidamente às tentações.

Para minimizar o dano, sua recomendação é a de que o governo fiscalize o que a indústria apregoa sobre seus lançamentos, e que os laboratórios divulguem com responsabilidade seus produtos.

A mensagem é clara: não existe pílula mágica. O que existe é reeducação alimentar, feita com trocas vantajosas e auxiliada por exercícios físicos, nem que sejam alguns minutos por dia.

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