Perigo real e imaginário
Categoria: Pense
A vida anda agitada demais? Cuidado para não perder a noção dos limites. Estudo da Universidade do Texas revela como, diante do estresse, é provável que os indivíduos percebam perigo onde não há.
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Você se estressa facilmente?
Sua própria resposta, que imagino ser afirmativa, vai lhe assustar.
Além do prejuízo na qualidade do sono e na balança, isso afeta sua capacidade de pensar com clareza.
Um estudo recente descobriu que o estresse faz as pessoas sentirem perigo em situações inofensivas.
A pesquisa foi feita pela Universidade do Texas (Estados Unidos).
Considera-se que os seres humanos aprenderam a identificar cenários perigosos para a autodefesa.
No entanto, certas circunstâncias podem fazer com que as pessoas identifiquem mal esses sinais.
Para quem tem memórias ruins de experiências anteriores, o estresse faz ver perigo em circunstâncias inofensivas.
Estar permanentemente tensa pode levar ao aumento do risco de transtorno de estresse pós-traumático.
Trata-se de uma condição caracterizada pela incapacidade de discriminar o que é uma ameaça e o que não é.
Daí o título desta matéria.
O perigo pressentido é “real” porque provoca este sentimento – mas a situação não existe.
“A mente humana usa pistas aprendidas ao longo do tempo nos colocar em modo de autodefesa”.
A explicação é do autor do estudo, Dr. Joseph Dunsmoor.
“Mas certas circunstâncias podem fazer com que erroneamente identifiquemos essas pistas”.
O estudo foi publicado no periódico Proceedings of the National Academy of Sciences.
Seu valor é lançar luz sobre a generalização do medo.
Afinal, o sentimento é componente central da ansiedade e distúrbios relacionados ao estresse.
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