Peregrinação gourmet

Se tempo é dinheiro, o sabor do sublime cobra caro. Psicologia tenta explicar porque pessoas enfrentam meses de espera e horas na fila para, simplesmente, comer.

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A reserva para um restaurante estrelado pode levar meses.

Para comer um frango apimentado em Los Angeles espera-se três horas para ser atendido – veja aqui.

Existem muitos exemplos, mas a imagem da fila é uma só.

Mas a maioria das pessoas que encaram estas provações não as consideram uma perda de tempo, mas parte integrante da experiência.

Por incrível que pareça.

É o que afirma um estudo da Universidade de Cornell (Estados Unidos).

Aparentemente, aguardar por uma experiência já nos deixa felizes.

E falar dela, depois, traz o sentimento de volta.

Por isso, há quem diga que o fato de finalmente ser atendido seja mais gostoso que a comida em si.

Por trás deste hype, é claro que existe o componente da moda.

Diferentemente dos sorvetes em Roma, onde as filas são famosas há décadas, todas estas “Mecas gastronômicas” são relativamente novas.

Se não são criadas pela espontaneidade, há quem garanta isso por meio de investimentos.

Como a torre em Bangkok que reúne grandes restaurantes em um só lugar – veja aqui.

Seus pratos ganharam o status de culto graças à comunidade “foodie”, que cresce nas redes sociais numa proporção assustadora.

Neste caso, parece mesmo que o alimento é o que menos importa.

Uma simples foto no local já garante uma satisfação igual ao maior.

E você, já ficou na fila para comer alguma coisa?

Me diga se valeu a pena!

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