Para mudar, mergulhe de cabeça

Mergulhe de cabeça

O que é melhor: entrar com a ponta dos pés ou pular de cabeça na água fria? Para promover mudanças em sua vida, o bom é estipular etapas e conquistas ou largar velhos hábitos de uma só vez.

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Um estudo da Universidade da Califórnia em Santa Bárbara (Estados Unidos) investigou se mudanças a conta-gotas não estariam adiando a entrega dos benefícios.

A pesquisa foi feita com 31 voluntários, todos estudantes universitários, que tendem a ter uma agenda flexível.

Os participantes realizaram testes de memória e rapidez do raciocínio.

Em seguida, foram divididos em dois grupos.

O primeiro teve que executar uma série de testes físicos, cognitivos e emocionais.

Por seis semanas, fizeram aulas de alongamento, resistência e equilíbrio pela manhã, seguidas de meditação.

Toda tarde, 90 minutos na academia, com treinos intervalados duas vezes por semana.

Às noites, ainda tiveram aulas sobre nutrição e qualidade do sono.

Durante o estudo, tiveram que manter um diário, onde anotavam as atividades realizadas, o que comeram, como dormiram e como se sentiram.

O segundo grupo, de controle, manteve suas atividades cotidianas.

Todos tiveram seus cérebros monitorados através de tomografia computadorizada.

Após o período do estudo, os dois grupos voltaram a fazer os testes iniciais.

Aqueles que participaram do grupo de controle não registraram mudanças nos resultados.

Mas os outros tiveram notas melhores, e estavam mais calmos e felizes, com a autoestima elevada.

Eles estavam também mais fortes.

As imagens dos cérebros mostraram um padrão de atividade que pode indicar um aperfeiçoamento da capacidade de manter o foco.

Estas melhorias, especialmente as registradas no humor e na redução do estresse, foram muito maiores que em testes anteriores, quando apenas um comportamento dos voluntários foi alterado, não toda sua agenda.

Os autores do estudo sugerem que, em cascata, mudanças podem impulsionar as seguintes.

Como começar a praticar atividades físicas nos faz buscar uma alimentação mais saudável, quase automaticamente.

Com as decisões tomadas ao mesmo tempo, as melhorias persistem.

Seis meses após o experimento, os voluntários ainda registraram notas maiores em uma nova bateria de testes.

E isso ainda que muitos não houvessem mantido os exercícios e a meditação após o período do estudo.

Infelizmente, o estudo não conseguiu isolar quais elementos da mudança completa de estilo de vida foram essenciais, ou como interagiram entre si.

O motivo é que existem muitas variáveis, que devem ser abordadas em novos estudos.

Por enquanto, o resultado sugere que os limites para a capacidade humana são maiores que imaginamos.

O estudo foi publicado no periódico científico Frontiers in Human Neuroscience.

A mensagem é que, quando nos determinamos, tudo conspira a favor.

Aconteceu comigo.

Aos meus 38 anos, eu tinha 120 kg.

Depois de dois anos e meio eu estava com 60 quilos a menos, cheia de energia e alegria, querendo viver de forma plena.

Foi quando percebi que emagrecer não era somente uma questão de saúde, mas também de atitude.

Foi nesse momento que o pulo do gato aconteceu.

Me olhei no espelho e percebi que poderia ser muito mais do que estava refletido ali, e para isso precisei de muita determinação.

É ela que me move até hoje.

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