Paixão antiga

Alguns alimentos ganham com o tempo, enquanto outros são melhor degustados quando frescos. Pois uma descoberta revela a colisão destes atributos. Cientistas revelam que o pão é 4 mil anos mais antigo que a agricultura.

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Ele é um dos pináculos da nossa alimentação.

Mais do que poderíamos compreender.

Aparentemente, a paixão por comer pão mudou o curso da humanidade.

É o que revela uma descoberta arqueológica no nordeste da Jordânia.

No local, cientistas descobriram restos de pão feito há 14,4 mil anos.

Isso indica que a panificação já era feita pelo menos 4 mil anos antes do advento da agricultura.

A pesquisa é da Universidade de Copenhague (Dinamarca)

Os fragmentos indicam que o alimento foi feito com cereais selvagens.

Na fórmula foram identificados cevada, aveia e einkorn – uma forma ancestral do trigo.

Os grãos foram moídos, peneirados e amassados antes de irem para o fogo.

As amostras lembram o pão ázimo, feito sem fermento.

O achado sugere que, para produzir a nova iguaria, os caçadores-coletores partiram para a agricultura.

Ou seja, gostar de pão pode ter originado a revolução agrícola do período Neolítico.

Isso tirou a espécie humana dos riscos de viver ao relento.

Nos fez buscar ter casa, ter animais domésticos e por aí vai.

Apenas progressos e felicidade?

Na verdade, este marco sinaliza quando as pessoas se tornaram mais sedentárias.

E quando sua dieta começou a mudar.

O estudo foi publicado na revista científica PNAS.

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