Paisagem ancestral

Paisagem ancestral

Definitivamente, vivemos em um mundo em transformação. Enquanto o tempo passa, a civilização afunda-se no consumo desenfreado, enquanto os recursos naturais vão se esgotando. Falta o respeito não só o nosso futuro, mas ao passado que ainda vive.

Ao longo de 10 anos, a artista Rachel Sussman rodou o planeta para registrar em fotos os organismos vivos mais antigos da Terra. Como critério, em seu roteiro só entravam seres com 2 mil anos de idade para cima. Do extremo sul da Antártica ao Pólo Norte, o resultado impressiona.

Desde líquens que crescem um centímetro por século, existentes na Groelândia, a arbustos milenares encontrados nos desertos da África e América do Sul, passando por corais do Caribe a fungos gigantescos nos Estados Unidos, a coleção é fascinante. Como o Spruce Gran Picea, uma árvore com 9.550 anos de idade, em Fulufjället, na Suécia (foto acima). O triste é constatar que toda esta beleza tem data de validade. Tanto que, no período em que o trabalho de Rachel foi realizado, duas das espécies registradas encontraram a extinção.

Recentemente, a série de fotografias ganhou forma no livro publicado com o título The Oldest Living Things in the World  (“As coisas vivas mais antigas do mundo”), lançado pela editor da Universidade de Chicago. São 124 fotografias, 30 artigos, infográficos e informações valiosas que ajudam a valorizar o que estamos perdendo – o respeito pela vida.

Veja a seguir algumas das fotos.

Paisagem ancestral

La Llareta (mais de 3.000 anos de idade) – Deserto do Atacama – Chile

Paisagem ancestral

Cedro Jōmon Sugi (idade aproximada: entre 2.180 e 7 mil anos) – Yakushima – Japão

Paisagem ancestral

Welwitschia Mirabilis (2.000 anos de idade) – Deserto de Namib-Naukluft – Namíbia

Paisagem ancestral

Floresta subterrânea  (13 mil anos de idade) – Pretória – África do Sul – EXTINTA

Paisagem ancestral

Musgo antártico (5.500 anos de idade) – Ilha do Elefante – Antártica

Assista a seguir o vídeo produzido sobre o assunto.

Tags: , , ,