Os riscos do gluten free

E essa, agora? Um novo estudo feito nos Estados Unidos revela que dieta livre de glúten, uma grande tendência atual, nos expõe a arsênico e mercúrio.

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Hoje em dia muito se fala em produtos gluten free.

Seu público-alvo são as pessoas que buscam evitar o glúten.

Trata-se de uma proteína encontrada no trigo, cevada e centeio, presente em todos os subprodutos desses grãos.

O entendimento quase consensual aponta a substância como culpada por inchaço corporal e incômodos digestivos.

Por isso, muitos embarcam nesta opção.

Cerca de 30% das pessoas restringe ou evita consumir a proteína, mesmo na ausência de sensibilidades ao glúten.

Já para quem tem doença celíaca, não há opção alguma.

Para elas, uma dieta gluten free é o único tratamento para a condição.

Ao cortar a farinha de trigo, todo este público adota a farinha de arroz.

Segundo um novo estudo, aí pode estar o problema.

A pesquisa foi feita pela Universidade de Illinois em Chicago (Estados Unidos).

Nela, os cientistas apontam que o arroz pode acumular arsênico, mercúrio e outros metais tóxicos.

Estes elementos contaminam o arroz através da água, solo ou fertilizantes.

A exposição a metais já foi associada a doenças cardiovasculares, câncer e outros males – leia mais aqui.

Para chegar a esta conclusão, foram analisadas informações de 7.471 indivíduos.

Seus dados foram coletados entre 2009 e 2014.

Dentre todos, foram identificados 73 participantes, com idades entre seis e 80 anos, que seguiam estrita dieta gluten free.

De olho em seus níveis de arsênico e mercúrio, foram colhidas amostras de sangue e urina de todos.

O resultado?

Os níveis de cada metal tóxico eram muito maiores entre os indivíduos que seguiram uma dieta sem glúten.

Os níveis de mercúrio foram 70% mais elevados.

E os níveis de arsênico na urina quase dobraram.

“Podem haver consequências despercebidas em seguir uma dieta gluten free”.

A declaração é da co-autora do estudo, Dra. Maria Argos.

“Mas novos estudos precisam ser feitos, para confirmar se este é realmente o caso”.

O estudo foi publicado no periódico científico Epidemiology.

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