Ocupação: WhatsApp

Sua carreira não é um grupo de WhatsApp

E essa, agora? Com tantos recursos que podem nos ajudar a organizar a agenda e impulsionar a carreira, pesquisa revela que uso de smartphones está prejudicando a performance profissional.

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Se o problema perturba professores em salas de aula em todo o mundo, imagine no ambiente de trabalho.

Segundo pesquisa britânica, é possível afirmar que o uso de smartphones está prejudicando a produtividade em todos os níveis profissionais.

A enquete foi feita pela consultoria CareerBuilder.

Nela, 2.186 gerentes de recursos humanos e 3.031 pessoas empregadas em regime de horário integral opinaram sobre o uso de gadgets no trabalho.

55% dos empregados disseram acreditar que os smartphones consistem no maior fator a afetar a produtividade.

A revelação não parece surpreender.

Isso porque oito em cada 10 trabalhadores possuem smartphones.

E 82% admitem manter os olhos no aparelho enquanto trabalham.

Por este motivo, 27% observaram que os prazos das tarefas foram descumpridos, enquanto 20% disseram que o relacionamento com os clientes piorou.

Entretanto, apenas 10% admitiram que o hábito pode estar afetando sua própria performance.

Já a maioria dos empregadores encaram os celulares como um problema real.

“Enquanto precisamos estar conectados no trabalho, estamos também a um clique de distância de assuntos pessoais”.

Assim resumiu a questão Rosemary Haefner, gerente de recursos humanos da consultoria CareerBuilder, em entrevista ao jornal Daily Mail.

A pesquisa descobriu que as maiores distrações são mensagens diretas, consultas à previsão do tempo, notícias e games.

Embora o assunto não pareça ter maior gravidade, as consequências podem ser devastadoras.

Cerca de metade dos empregadores culpa os aparelhos pela diminuição na qualidade do trabalho.

E 38% acreditam que o hábito baixou o moral da equipe porque, para compensar as perdas, a carga de trabalho aumentou para todos.

Muitas empresas tentam contornar a situação, com estratégias como bloquear o acesso a sites, coibir ligações particulares e monitorar o uso da internet.

Mas estas manobras que restringem a liberdade e criam um estado de vigilância também afetam a moral dos funcionários, o que provoca um impasse.

Rosemary Haefner sugere superar a questão com sinceridade.

Abrir um diálogo entre os envolvidos sobre as distrações que a tecnologia proporciona é a saída.

A ideia é que todos os envolvidos admitam a existência do problema para, a partir daí, debater soluções que visem respeitar direitos e recuperar a produtividade perdida.

Já vimos como o exagero no envolvimento com os gadgets afeta o relacionamento a dois – clique aqui.

Mas comprometer o currículo por conectar-se a outros interesses parece ser o limite da nomofobia, o nome dado ao uso abusivo do celular.

Se for o seu caso, pensar num detox digital pode ajudar a voltar a focar no desenvolvimento de sua carreira.

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