O risco do otimismo
Categoria: Pense
Todos os livros de motivação doutrinam contra o pensamento negativo. E que o otimismo nos levará adiante na carreira e na vida. Mas, segundo estudo, toda esta motivação não consegue nos tirar do sofá.
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Crescemos incentivados a confiar no pensamento positivo para alcançar nossas metas.
Mas, segundo estudo da City College London (Inglaterra), pensar muito positivamente pode atrapalhar.
E muito.
Segundo um dos autores, Dr. Tim LeBon, “não há dúvidas de que uma maneira simplista de ver o pensamento positivo pode ser perigosa”.
Isso significa que quem fantasia sobre um futuro muito promissor conta com a tarefa cumprida.
E, literalmente, relaxa – sem ter sequer começado.
Além de sabotar a carreira e os relacionamentos, os otimistas também veem (ou não veem) a saúde sob ameaça.
Isso porque o conforto que o pensamento positivo proporciona pode levar a um sedentarismo.
Sem agir pelo progresso previsto, os planos não se concretizam.
E, com as consequências da falta de movimento, não há fôlego para correr atrás.
Devemos ser pessimistas?
Os pesquisadores recomendam o ajuizado equilíbrio.
É preciso entender o poder tanto do pensamento positivo quanto da visão realista das coisas.
A positividade é importante por garantir motivação.
Mas o negativismo ajuda a enxergar as falhas e a nos preparar para um eventual fracasso.
O Dr. LeBon cita o exemplo dos “estóicos” romanos.
Esta irmandade, fundada no século 3 antes de Cristo, usava a técnica da “visualização negativa”.
Eles imaginavam que alguma coisa, antes mesmo de acontecer, poderia dar errado.
E então ensaiavam para que desse certo, num processo positivo e “estóico”.
“A técnica ancestral da visualização negativa prepara para a adversidade e nos torna mais resilientes”.
“E melhor preparados e hábeis para responder às situações de maneira sábia e ética”.
Esta matéria foi inspirada em informações divulgadas pelo site do jornal Daily Mail – leia na íntegra aqui (em inglês).
Imagem: Shutterstock.
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