O prêmio de ser você

Nunca desista dos sonhos de ser a pessoa que você sempre quis. Nada garante que eles se realizarão. Mas a ciência revela que assim você será mais feliz.

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Sonhos abandonados.

Amores platônicos não perseguidos.

Garantir um emprego, em vez de arriscar uma aventura no exterior.

Quanto maior o arrependimento, mais nos distanciamos da pessoa que idealizamos ser.

A revelação é de um nova pesquisa da Universidade de Cornell (Estados Unidos).

Ela se baseia na ideia de que três elementos compõem o sentido do “eu” de uma pessoa: o real, o ideal e possível.

O “eu atual” é constituído pelos atributos que uma pessoa acredita possuir.

O “eu ideal” são as aspirações que gostaria de ter realizado.

Já o “eu possível” é quem acha que poderia ter sido, se tivesse cumprido com seus deveres.

Na pesquisa, foram entrevistadas centenas de participantes.

Eles tiveram que descrever as diferenças entre as pessoas que realmente eram e que poderiam ter sido.

Também tiveram que listar e classificar suas frustrações.

Quando solicitados a nomear seu maior arrependimento na vida, 76% mencionaram um arrependimento por não terem cumprido seu “eu ideal”.

A pesquisa tem implicações práticas, na medida em que tira crédito da propalada inspiração.

“Não devemos esperar por inspiração, apenas encarar e fazer”.

A explicação é de um dos autores, o professor Tom Gilovich.

“Esperar por inspiração é uma desculpa, ela vem ao você agir”.

Muitas vezes não conseguimos atingir nossos objetivos ideais porque estamos preocupados com a aprovação alheia.

Por exemplo, você pode querer aprender a cantar, mas sente que nunca poderia deixar que os outros ouvissem o quão ruim é.

De novo, diz Gilovich, basta fazê-lo.

As pessoas são mais receptivas do que pensamos.

E não nos notam tanto assim, essa é a verdade.

Portanto, vá em frente.

Se vai dar certo ou errado, a gente vê no final.

E seja feliz no processo.

O estudo foi publicada na revista científica Emotion.

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