O peso líquido da inteligência

O peso líquido da inteligência

Precisando ficar mais esperta? Coma gelo. Estudo da Universidade da Pensilvânia revela que pessoas com indicativo de anemia e deficiência de ferro no sangue beneficiam-se com o hábito.  

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Se você já se sentou ao lado de alguém mastigando gelo, provavelmente parou para pensar se o hábito pode ser classificado como um tique nervoso ou uma tarefa com um propósito.

Agora, uma pesquisa da Universidade da Pensilvânia (Estados Unidos) recentemente divulgada chegou para esclarecer a dúvida. Aparentemente, pessoas que mastigam gelo motivadas inconscientemente pela deficiência do organismo em ferro podem estar melhorando sua capacidade cognitiva – a despeito do barulho irritante que fazem sem perceber.

O desejo complusivo por mascar água no estado sólido tem nome. Entre quem tem deficiência de ferro, a pagofagia funciona como tomar uma xícara de café.

Para chegar a esta conclusão, voluntários (com deficiência ou não) foram testados a respeito de seu estado de alerta, vigilância e tempo de reação. Para o primeiro grupo, foi fornecido um copo com pedras de gelo. O segundo grupo recebeu a mesma quantidade em água na temperatura ambiente.

Sem gelo, o primeiro grupo teve resultados piores que o segundo. Com gelo, as respostas se equivaleram às das pessoas saudáveis.

Porque isso acontece ainda não está claro. Os cientistas acreditam que o gelo está disparando algum mecanismo que permite que mais sangue (consequentemente, mais oxigênio) chegue ao cérebro.

Além da pagofagia, outros sintomas da deficiência de ferro são a síndrome das pernas inquietas, apetite reduzido, fadiga, tontura, dores de cabeça e inflamação da língua. O hábito de mastigar gelo já foi relacionado com este último sintoma. As causas da anemia podem ser perda de sangue por hemorragia, deficiência na absorção de ferro ou gravidez.

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