O peso das boas intenções

O peso das boas intenções

Uma das causas pelas quais comemos mais é a publicidade. E não estou falando da propaganda de fast food. Paradoxalmente, a escolha por produtos de nutrição fitness provoca aumento de peso. 

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Consumidores conscientes fazem escolhas conscientes, certo?

Por isso, faz sentido acreditar que quem cuida da boa forma não perde tempo ao dirigir o carrinho de compras para o setor das barrinhas de cereais.

Mas, segundo estudo publicado no Journal of Marketing Research, a escolha por estas marcas de nutrição fitness encoraja o exagero de seu consumo.

E faz quem as compra exercitar-se menos, o que sabota os esforços no controle de peso de seu público-alvo.

Para piorar, os consumidores acreditam demais que a comida os deixa em forma, sem que seja necessário esforçar-se por isso.

A descoberta vem de um estudo em parceria entre a Technische Universität München (Alemanha) e a Pennsylvania State University (Estados Unidos).

No teste, voluntários que também eram esportistas foram servidos com pacotes de snacks, anunciados na embalagem como “fitness” ou “mix”.

Em seguida, todos deveriam exercitar-se em uma esteira, com o maior vigor que conseguissem.

Os snacks que continham a menção a “fitness” foram mais consumidos que a outra opção.

E quem deles se serviu exercitou-se menos.

Aparentemente, nossa mente trabalha com compensações subconscientes.

Se preferimos um alimento que tem o propósito de nos manter em forma, entendemos que esta escolha basta por si só.

E, como trata-se de uma boa escolha, dela podemos nos orgulhar – e premiá-la com porções extras.

Este é um paradoxo bem perigoso: aqueles que “comem bem”, acabam por fazer compensações perigosas.

Portanto, não baixe a guarda.

A ideia é escolher a opção com melhor perfil nutricional e não cair na armadilha de exagerar nela.

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