O melhor remédio contra o estresse
Categoria: Pense
Precisando desestressar? Entre a esteira na praia e o yoga mat, estudo de três universidades americanas esclarece qual a melhor opção, se é meditação ou viagem de férias.
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A escolha não parece ser tão difícil, mas alguém decidiu que era preciso determinar qual a melhor opção contra o estresse.
E não foram poucas as mentes envolvidas.
O estudo foi feito por cientistas da Icahn Escola de Medicina Monte Sinai, Universidade da Califórnia em São Francisco e Escola de Medicina de Harvard.
Nele, os pesquisadores observaram 94 mulheres saudáveis, com idades entre 30 e 60 anos.
Deste grupo, 64 não eram praticantes de meditação.
Todas foram hospedadas no mesmo resort por seis dias.
Aleatoriamente, metade das voluntárias teve que participar de um programa de meditação, que incluiu entoação de mantras, yoga e exercícios de autopercepção.
Para efeito de comparação, os pesquisadores também observaram um grupo de 30 pessoas, praticantes de meditação com experiência, que também passaram a semana no mesmo resort.
Todos tiveram que doar amostras de sangue, bem como responder a questionários, antes e imediatamente depois da experiência.
Questionários complementares foram aplicados um mês e 10 meses depois.
Diante dos dados, os pesquisadores examinaram mudanças em 20 mil genes, para determinar quais tipos sofreram mudanças antes e depois da estadia no resort.
Eles utilizaram a análise transcriptômica integrativa, comparando redes de expressões genéticas dos três grupos de participantes.
Com isso, encontraram perfis moleculares únicos e um fluxo padrão.
As mudanças mais notáveis na atividade dos genes foram relacionados à resposta ao estresse e função imunológica.
E, mesmo que um mês depois todos relatassem melhorias no bem-estar, os maiores índices foram encontrados entre aqueles que nunca haviam praticado meditação antes da experiência.
Embora pareça lógico, à primeira vista, que tirar férias reduz os processos biológicos relacionados ao estresse, as mudanças na expressão genética foram consideradas impressionantes.
E surpreendentes, em relação aos resultados das pessoas que praticaram meditação, mesmo que por curto período de tempo.
Ou seja, os benefícios proporcionados pela meditação extrapolam o campo psicológico, sendo claras e quantificáveis as mudanças nas funções corporais.
O estudo foi publicado no periódico científico Translational Psychiatry.
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