O maior disfarce do açúcar
Categoria: Pense
À medida em que são expostos, evitamos os açúcares escondidos. E as bebidas esportivas? Estudo revela que esta categoria pode provocar problemas de peso e saúde, quando consumida fora do ambiente a que são destinadas. Ou seja, por todo mundo.
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Elas têm lindas cores, sabor doce, preço acessível e disponibilidade.
E contam com um marketing estimulante e engajador, inspirado pelo esporte.
Por ter a imagem relacionada a atividade físicas, parecem ter passe livre para consumo.
Segundo estudo da Universidade de Cardiff (País de Gales), aí está o problema.
Por baixo do radar, as bebidas esportivas conquistaram o paladar de crianças e jovens.
A pesquisa analisou 160 crianças e adolescentes, de 12 a 14 anos, de quatro escolas em South Wales.
Metade dos participantes afirmaram que bebem isotônicos socialmente e 80% compram as bebidas em lojas do bairro.
O preço também é uma das principais razões de compra e 26% das crianças citou centros de lazer como fontes de compra.
E apenas 18% afirmaram que bebem isotônicos porque percebem uma melhora no desempenho.
É bem aí que está o problema, pois o propósito das bebidas esportivas, adotadas como uma opção de refrigerante, está sendo mal interpretado.
Isotônicos são destinados ao consumo de atletas que participam de provas de alta intensidade.
Parece óbvio.
Mas as pessoas estão consumindo altos níveis de carboidratos na forma de bebidas indicadas apenas para o esporte em um contexto recreacional.
O estudo mostra a atração de crianças por essa bebida com alto teor de açúcar e baixo pH.
A consequência é o aumento do risco de cáries, erosão do esmalte dentário e obesidade.
A verdade é que bebidas esportivas com elevados níveis de açúcar são desnecessárias não só para crianças, para também para a maioria dos adultos.
Afinal, já vimos que a maioria dos adultos é, infelizmente, sedentária.
O engano é induzido.
Em supermercados e lojas de conveniência, isotônicos ficam próximos de outras bebidas açucaradas, como refrigerantes e sucos, indicando enganosamente a pais e crianças que seu uso é irrestrito.
A pesquisa foi publicada no periódico científico British Dental Journal.
Tags: açúcar escondido, bebidas esportivas, comportamento, consumo, estudo, Lucilia Diniz,
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