O julgamento das roupas

Em um país tropical como o nosso, a sensualidade está em mostrar a pele. Ledo engano. Surpreendente estudo revela como pouca vestimenta leva a menos empatia por parte das outras pessoas.

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A vestimenta é parte essencial da imagem pessoal.

Quando dá visibilidade a partes do corpo, ela sexualiza a representação do indivíduo.

Com isso, a roupa induz emoções – especialmente prazer.

Mas, quais são as consequências dessa objetificação?

Segundo novo estudo, temos menos empatia por mulheres sexualmente objetificadas.

O que significa uma capacidade diminuída para sentir e reconhecer suas emoções.

A pesquisa foi feita pela Universidade de Viena (Áustria).

Nela foi feito um experimento com voluntários.

Todos foram monitorados com tomografia computadorizada.

Os cientistas provocaram emoções negativas e positivas no grupo.

Para isso foi usado um jogo com bola, envolvendo situações de inclusão e exclusão.

Durante o jogo, foram medidas as reações empáticas em relação a dois alvos diferentes.

Foram eles as mulheres sexualmente objetificadas e as mulheres não objetificadas.

Ao mudar o tipo de roupa, com partes do corpo mais ou menos visíveis, os sentimentos empáticos a ela dirigidos foram reduzidos.

Aparentemente, a roupa afeta a maneira como percebemos as outras pessoas.

Um decote mais ousado minimiza os atributos humanos de quem o usa.

Isso acontece inconscientemente.

“Os resultados sugerem que o mecanismo subjacente pode ser uma ativação reduzida da rede de empatia do cérebro”.

A explicação é de uma das autoras do estudo, Dra. Giorgia Silani.

E mais.

Percebemos de forma diferente as emoções expressadas por indivíduos objetificados.

O estudo foi publicado no periódico científico Cortex.

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