O futuro é micro

Micro-hortaliças estão sendo saudadas como a próxima grande novidade na mesa. Porque a necessidade de que nossos alimentos sejam mais sustentáveis é maior do que nunca.

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Você conhece as baby leaf (“folhas baby”), aquelas hortaliças pequeninas.

Mas há ainda uma categoria chamada “microgreens”.

Microgreens (ou “microverdes”) são vegetais em estado jovem, intermediários entre os brotos e as versões baby.

Têm um sabor intenso, com variedade de cores e texturas.

Nutricionalmente, têm maiores concentrações de fitoquímicos e nutrientes como o beta-caroteno (que pode ser convertido em vitamina A) do que as plantas maduras.

Agora, um novo estudo realizado indica o apetite crescente pela categoria.

A pesquisa foi feita pela Universidade Estadual do Colorado (Estados Unidos).

Nela, foram entrevistadas 99 pessoas sobre suas reações a seis tipos diferentes de microgreens: rúcula, brócolis, beterraba, repolho roxo, amaranto vermelho e ervilha.

Os participantes, que não sabiam de antemão o que estariam comendo, responderam a um questionário sobre sabor, aroma, textura e aparência.

Como resultado, os microgreens de cor vermelha (beterraba, repolho roxo e amaranto) receberam as melhores notas pela aparência.

Mas brócolis e ervilha de gavinha obtiveram as notas mais altas em geral.

A rúcula foi classificada em último lugar, em média, provavelmente devido ao seu sabor um pouco picante e amargo.

De modo geral, os microgreens não provocaram nenhuma neofobia alimentar, ou o medo de experimentar novos alimentos.

Os resultados apontam para mais pessoas revelando um paladar favorável a estas micro-hortaliças.

Outras qualidades se somam às preferências do consumidor.

Sua rápida maturidade de algumas semanas e sua afinidade com a agricultura em ambiente controlado significa que elas usam muito pouca água e podem ser colhidas precocemente.

Características que tornam o alimento um modelo de sustentabilidade.

Os microgreens podem ser cultivados em ambientes fechados, durante todo o ano, nas cidades e comunidades rurais, em estufas, armazéns, fazendas verticais e até em residências.

Nada melhor, diante do aumento da população, da escassez de terras férteis e da dificuldades de circulação de mercadorias.

Enquanto este cenário não muda, ou por isso mesmo, prepare-se para acolher mais microgreens em sua dieta.

O estudo foi publicado no Journal of Food Science.

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