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Lucilia Diniz desmistifica o que significa viver bem a vida, por dentro e por fora.
Com a evolução de nossos hábitos alimentares, muita coisa está mudando. Alimentos agora considerados “proibidos” estão perdendo a preferência. Até que, um dia, desapareçam de vez dos cardápios. No futuro, só poderemos ver alguns itens de fast food nos museus. Na Bélgica, a tendência já começou.
Carboidratos em excesso, gordura trans na fritura, calorias vazias.
Se existe um alimento “proibido”, é a batata frita.
E milhões de pessoas não estão nem aí. São os belgas.
Segundo a Associação dos Amigos da Batata Frita, 95% dos habitantes daquele país comem uma porção de fritas uma vez ao ano. E dois terços o fazem pelo menos uma vez por mês.
Gostam tanto que, atualmente, está em curso uma campanha para conseguir que a Unesco conceda às fritas a honraria de Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade.
É o fato de o francês ser a língua oficial da Bélgica, junto com o flamenco, que gera confusão quanto à origem do prato – chamado pelos americanos de “french fries”.
Diz a lenda que, quando os rios congelaram, em 1680, os habitantes colocaram para fritar, no lugar dos peixes, pedaços de batatas.
Por ser fácil de fazer e devido à circulação de muitos estrangeiros pela região, por causa da Primeira Guerra, o prato se espalhou pelo mundo.
Por tudo isso, foi aberto na cidade de Bruges o Friet Museum.
Localizado no interior de um edifício do século 14, o museu possui um acervo com mais de 400 objetos que contam a história da batata desde seu uso, há mais de 10 mil anos, em países como Peru e Bolívia, até sua popularização na Bélgica.
Vasos incas, curiosos aparelhos domésticos para cortar o tubérculo, propagandas antigas e até réplicas de lojas antigas são destaques.
Para o passeio ficar completo, a parada final na lanchonete do museu é obrigatória. Depois de tanto estímulo, tente ao menos moderar o apetite.
Esta curiosidade serve para nos fazer pensar em como os hábitos culturais mudam os padrões de alimentação.
Como vimos, as novas gerações têm optado por escolhas mais saudáveis. Com esta tendência, a fast food vai virar mesmo peça de museu.
Ficou com vontade, né? Confira agora minha receita de batata do bem para matar a vontade e comer sem culpa.
Tradição: o Museu da Batata Frita foi montado no interior de um edifício do século 14
Desde a entrada, o ambiente é dominado pela cor amarela das “frittes”
Uma amostra da cultura relacionada ao consumo das “french fries”
Originada há mais de 10 mil anos em países como Peru e Bolívia, a batata conquisto o mundo
Aqui estão reunidas exemplos das milhares de variedades da espécie cultivadas em todo o mundo
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