O futuro da alimentação

O futuro da alimentação

Um dia a Humanidade ficará sem alimento. A não ser que mude suas preferências agora mesmo. É o que recomenda com detalhes estudo realizado nos Estados Unidos, que analisa cenários onde a comida pode ou não dar para todos. 

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Se forem mantido os hábitos de alimentação atual das populações ao redor do mundo, enquanto crescem em número de pessoas, o planeta esgotará suas condições de alimentar a todos.

Por este motivo, algo precisa começar a ser feito agora.

Para propor caminhos que evitem este futuro caótico, um estudo analisou 10 cenários diferentes, levando em consideração a capacidade de produção nos Estados Unidos.

O estudo foi feito em parceria entre a Universidade Tufts, Friedman School e as universidades de Cornell e Syracuse.

Os 10 cenários consideraram o mesmo valor nutricional, mas com diferentes fontes de proteína.

Oito das dietas estudadas cumpriram as recomendações oficiais do governo americano, as Dietary Guidelines 2010.

Uma dieta representou o consumo atual de alimentos do país – focada em carnes, grãos, gorduras e adoçantes que os outros cenários alimentares.

Nela, 80% das terras cultiváveis foi usada para o cultivo de alimentos para animais, como feno, enquanto os outros 20% foram dedicados a frutas, legumes e grãos para consumo humano.

Outros cenários alimentares variaram desde o perfil onívoro (equilíbrio do consumo de carne com alimentos de origem vegetal) a veganos (que excluem a carne e todos os outros subprodutos animais, tais como leite, ovos e mel).

Dentre todos, os pesquisadores descobriram que uma dieta vegetariana que inclua produtos lácteos poderia alimentar mais pessoas com a terra disponível.

Especificamente 800 milhões de pessoas, o dobro do que pode ser suportado com base na dieta atual do americano médio.

Segundo um dos autores do estudo, Dr. Christian Peters, “as escolhas que fazemos à mesa podem influenciar a capacidade da agricultura para atender a nossa necessidade de comida”.

“Aumentar a produtividade da agricultura continua a ser vital, mas não pode ser a única maneira de aumentar o número de pessoas alimentadas por hectare”.

Pensar no planeta enquanto fazemos o prato pode parecer um exagero, mas não é.

Afinal, o esforço começa no nível individual.

E, ademais, a dieta que pode fazer a terra gerar alimentos para mais pessoas é também a mais saudável.

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