O excesso é o inimigo

Nesta época em que Photoshop e truques de edição permitem quase tudo, é fácil encontrar quem de nada duvide. Mesmo assim há limites. Por isso, é preciso ler duas vezes a história do homem que emagreceu comendo apenas junk food.

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A cada dia, mais pessoas que querem reduzir as medidas trocam as bolachas recheadas e as batatas chips por couve e sucos verdes.

Entretanto, o escritor americano Jeff Wilser resolveu tentar perder peso pelo caminho contrário.

Pelo “caminho contrário” você entendeu bem.

Por um mês, Jeff deixou de comer vegetais e adotou um cardápio exclusivo de junk food.

Mas, com limites.

Jeff conteve seu consumo de calorias em 2 mil diárias, o total recomendado pela Organização Mundial de Saúde.

Como ninguém é de ferro, a não ser em um dia da semana, dedicado a uma folga neste sistema.

Toda a experiência, que visava questionar a validade da quantidade versus a qualidade da nutrição, foi documentada e virou livro – inédito no Brasil.

A obra tem um título curioso: The Good News About What’s Bad For You…The Bad News About What’s Good for You (algo como “Boas notícias sobre o que é ruim… e más notícias sobre o que é bom para você”).

Apesar de declarar não ter passado fome, Jeff relata que nunca esteve realmente satisfeito.

Se você acha que após o trigésimo dia ele correu para uma salada, vai se decepcionar.

Afinal, a indústria de alimentos é especializada em fazer com que se queira sempre mais de seus produtos.

No final da experiência, Jeff perdeu cinco quilos.

As medidas não foram sua única mudança.

Seu colesterol ruim baixou, seu bom colesterol subiu, e ele ainda perdeu 2% da gordura corporal.

Todos os demais marcadores de 30 dias prévios permanecerem os mesmos ou tiveram ligeira queda.

A experiência intriga por evidenciar ser possível que a fórmula para perder peso com saúde passe pela moderação, muito mais que pela qualidade.

Jeff admite haverem bons e maus carboidratos, boas e más gorduras.

Mas também argumenta que isso pode confundir imensamente quem busca perder peso, e que as coisas podem ser encaradas de modo mais simples.

O autor formula, com seu próprio corpo, o que parece lógico.

Para emagrecer, basta gastar mais calorias que se consome, não importando o que se comeu.

Segundo Jeff, isso não significa dizer que junk food é bom.

Como ele deixa claro em entrevista ao site Bon Appétit, não é.

“E se tivesse comido todo este alimento além da minha dieta normal, ao contrário da substituição que fiz, eu teria inchado. O ponto é que a moderação é uma força tão poderosa que funciona mesmo quando você está comendo porcaria”, concluiu.

Para Jeff  Wilser, o excesso é o inimigo.

Desta maneira, é até possível acreditar numa perda de peso pelo junk food, mas há que se questionar o custo em termos da saúde geral.

Para tirar a prova, é preciso ler a obra, que está disponível para venda online – clique aqui.

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Carrinho de compras: calorias de açúcar e gordura trans fizeram Jeff emagrecer – será?

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