O excesso do bem
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Tanto os hábitos como os transtornos alimentares acompanham o comportamento da sociedade. Por conta disso, aumentam os casos de ortorexia, um novo distúrbio do comportamento alimentar caracterizado pela obsessão em comer saudável.
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Talvez você conheça alguém assim. Ou venha se identificar, já que o transtorno é relativamente novo.
Um dos sintomas mais percebidos de quem tem ortorexia é condenar aqueles que não têm uma alimentação saudável.
Os outros são mais silenciosos e difíceis de identificar, como deixar de comer quando não há alimentos considerados aptos, o que preocupa cada vez mais nutrólogos e os nutricionistas.
A ortorexia é o reflexo de nossa era no ambulatório, em que blogueiras fitness ditam um novo comportamento socialmente aceitável.
A preocupação com uma alimentação baseada apenas em itens naturais, integrais, orgânicos e sem corantes, gordura trans, conservantes e, em alguns casos, isentos também de glúten e lactose, tem passado dos limites.
O extremismo pode levar à deficiência de ferro, zinco, vitamina B12 e cálcio no corpo.
Embora ainda não tenha sido reconhecida como doença pela Organização Mundial da Saúde, além da debilidade fiísica provocada pela falta de nutrientes, a obsessão pode levar a problemas psicológicos, como depressão, irritabilidade e insônia.
Com este quadro, a pessoa ortoréxica pode sofrer de anorexia, anemia, aumentar o risco de doenças imunológicas, hipertensão e outras.
Uma vez diagnosticada, o tratamento deve ser feito com um psicólogo e com um nutrólogo ou endocrinologista.
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