O desemprego dos belos

O desemprego dos belos

A beleza não põe mesa. Se for num restaurante, é bem possível que não. Isso porque, provavelmente, não haverão pessoas bonitas no staff. Segundo pesquisa, a aparência física está tornando cada vez mais difícil a empregabilidade dos belos. Mas existe uma saída.

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Existem diversos tipos de discriminação. Já vimos que, supreendentemente, rostos bonitos não se destacam. Agora, vemos que também não conseguem ser bem-sucedidos nas entrevistas de emprego. Pelo menos, se forem de mulheres.

Graças a uma pesquisa do Centro de Pesquisas para o Desenvolvimento da Carreira, da Universidade de Columbia (Estados Unidos), o fato já encontra-se largamente difundido. Segundo o estudo, de 1978, mulheres bonitas são associadas a falta de autoridade e competência.

A novidade é que as belas podem ter uma saída. Um novo estudo, da Universidade do Colorado, afirma que, se você é bonita, reconheça. Simples assim.

A pesquisa, que foi publicada na revista Organizational Behavior and Human Decision Processes, recrutou 355 estudantes. Todos tiveram que avaliar candidatos em potencial para cargos na construção civil. Todos os currículos eram acompanhados de fotos. Entre as candidatas femininas, todas eram ou muito bonitas ou muito feias.

Algumas candidatas atraentes não mencionaram sua aparência ou gênero no documento pessoal. Em outros casos, mencionaram o fato ao longo do texto, em trechos como “sei que não pareço uma trabalhadora típica do setor mas, se puder conferir no meu currículo, tenho certeza de ter competência para executar a tarefa”. Por último, as demais belas citaram seu gênero em frases como “Sei que não existem muitas mulheres atuando no setor”.

As “feias” fizeram o mesmo.

Como resultado, mesmo sendo o emprego caracteristicamente bruto, os “empregadores” revelaram clara tendência em contratar as bonitas em primeiro lugar, quando puderam relacionar no currículo o gênero e a aparência. Com as menos favorecidas esteticamente, referências ao gênero não alteraram o resultado.

Infelizmente, a predominância de uma sociedade machista no mundo corporativo influencia no processo seletivo e na promoção. Muitas vezes, os padrões estéticos acabam sendo mais relevantes do que a própria qualificação profissional.

Se for o seu caso, os cientistas não recomendam que você diga “sim, eu sei que sou bonita”. O comportamento deve ser um pouco mais sutil.

Se você se encontra no outro grupo saiba que, muito além da aparência e de uma bela roupa, a imagem pessoal é um todo, que engloba a competência profisisonal, networking e muita autoestima. 

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