O controle remoto da gula
Categoria: Pense
A medicina avança no combate à obesidade. Não apenas com o exército de profissionais engajados, mas com o uso da tecnologia. É desta frente que vem boas notícias, com a aprovação de um implante que controla a fome e prolonga a saciedade. Em benefício de todo o corpo, a ideia é enganar o cérebro à distância.
Leia mais:
A pílula contra a fome – Regulando o apetite pela ciência
A refeição imaginária – Conheça o poder da substância fexaramina
Após rigorosos testes, o FDA, órgão do governo americano que aprova a qualidade e segurança de alimentos e equipamentos médicos, liberou o uso do Maestro System.
Trata-se de um pequeno gadget eletrônico, podendo ser comparado mais a um marca-passo.
A diferença é que o Maestro System se conecta a ramificações do nervo vago, entre o esôfago e o estômago.
Com um procedimento minimamente invasivo de laparoscopia, o aparelho eletrônico é implantado sob a pele.
Quando ligado, o aparelho usa estimulações elétricas para bloquear o tráfego de informações entre o estômago e o cérebro, o que reduz a sensação de fome.
O intervalo entre os pequenos choques de alta frequência e baixa energia é determinado pelo médico que acompanha o paciente, normalmente pessoas em preparação para a cirguia baritátrica.
Seu implante é recomendado para adultos com índice de massa corporal entre 35 e 45 e que apresentem ao menos um outra condição relacionada à obesidade, como diabetes tipo 2.
A eficácia surpreende.
Pacientes que receberam o implante perderam em média 24% do peso após 12 meses de uso, e a redução foi mantida por até 18 meses.
O aparelho é fabricado pela EnteroMedics, que desenvolveu a tecnologia VBLOC de bloqueio do nervo vago, o que permite o tratamento de diversas ocorrências gastrointestinais e no metabolismo.
No Brasil, os testes estão na primeira fase, realizada para avaliar a tolerância dos pacientes ao implante.
O procedimento foi feito em seis pessoas, entre 2014 e janeiro de 2015.
Veja no diagrama divulgado como funciona o sistema
Tags: gadgets, IMC, implante, obesidade, pesquisa médica, tecnologia e qualidade de vida,