A nutrição do esporte está na horta

Carboidratos para garantir energia ou proteína para construir músculos? Nada disso. Segundo novo estudo, atletas têm melhor performance quando apostam em saladas.

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Macarrão, carne, whey protein, açúcar.

Em algum momento um deste itens já lhe foi recomendado para abastecer o corpo diante de uma disputa esportiva.

Mas, segundo estudo da Universidade de Leuven (Bélgica), a melhor opção é uma boa salada.

Os pesquisadores investigaram o impacto do nitrato no desempenho físico.

A substância é acumulada do solo por hortaliças folhosas, como alface, agrião, repolho e espinafre.

No estudo, foram feitos testes com 27 voluntários, todos moderadamente treinados.

Inicialmente, os participantes receberam um suplemento de nitrato.

Três horas depois, eles fizeram exercícios curtos de alta intensidade em bicicletas ergométricas.

Foram de quatro a seis sprints de 30 segundos cada, com intervalos de recuperação de quatro a cinco minutos.

Isso foi realizado por três vezes na semana.

Em seguida, os voluntários foram dividiram em dois grupos.

O primeiro pedalou em uma sala com uma quantidade normal de oxigênio.

O outro utilizou uma sala de hipóxia, com nível baixo de oxigênio, simulando o ambiente de grandes altitudes.

A combinação de hipóxia com o suplemento de nitrato foi a mais eficiente para desenvolver potência muscular.

Este é o primeiro estudo a demonstrar que uma estratégia de suplementação nutricional simples pode ter impacto sobre a composição das fibras musculares.

Como nem todos habitam as altitudes, o próximo passo é investigar se a ingestão de nitrato pode proporcionar os mesmos benefícios em níveis normais de oxigênio.

Mas a descoberta ressalta os benefícios de uma boa salada, para quem mantinha a opção fora do radar.

É claro que garantir as altas quantidades de nitrato usadas no estudo (440 mg/dia) comendo apenas folhas é impossível.

No dia a dia, a ingestão média deste nutriente é de apenas 61 mg/dia – com exceção dos vegetarianos, que podem chegar a 185 mg/dia.

Mas o indício de que os alimentos folhosos têm mais poder que imaginávamos é salutar.

O estudo foi publicado no periódico científico Frontiers in Physiology.

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