Números de uma obsessão

Números de uma obsessão

Você luta contra o vício em usar o celular? Pesquisa revela que casos mais graves levam pessoas a acionar o aparelho 5.400 vezes por dia, ou nada menos que duas milhões de vezes em um ano.

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Já faz quase uma década que os humanos vagam pelo planeta com um pequeno aparelho nas mãos.

Para investigar o quanto somos apegados ao smartphone, pesquisadores da empresa Dscout resolveram investigar os números deste relacionamento.

O estudo descobriu que uma pessoa desliza, bate ou pinça os dedos da tela do aparelho 2.617 vezes por dia, em média.

Neste ritmo, é possível que você interaja com seu celular nada menos que um milhão de vezes por ano.

Há quem exagere.

Ainda que um milhão de vezes pareçam muito, o estudo descobriu que uma “tropa de elite” de 10% dos usuários toquem 5.427 por dia no aparelho.

Para estes heavy users, são dois milhões de toques no celular em um ano.

E a tendência não é a de que os números vão cair.

A percepção é a de que a interação com o aparelho ainda vá mudar muito, com aperfeiçoamento das mensagens de voz e das realidades aumentada e virtual.

Com isso, é provável que o tempo em que dedicamos ao smartphone ainda deve aumentar.

A pesquisa instalou um aplicativo suplementar no celular de uma centena de voluntários.

Durante cinco dias, o software capturou todos os dados do manuseio do aparelho.

Como resultado, os voluntários gastaram 2,42 horas por dia tocando na tela do smartphone (3,75 horas nos casos mais extremos).

Longos períodos são raros, usados mais para acessar o Netflix ou ler e-books.

Em geral, as pessoas preferem muitas sessões de curta duração.

São em média 76 sessões ao longo do dia, chegando a 132 sessões para os mais exagerados.

Outra revelação é que o dedo nunca dorme.

11% das pessoas mantém a atividade às três da manhã, por exemplo.

Na verdade, ao longo do estudo 87% dos participantes checaram o telefone ao menos uma vez entre meia noite e as cinco da manhã.

Podemos ter muitos apps, mas 52% do tempo usamos apenas um, e outros 40% do tempo gastamos com dois ou três outros apps, no máximo.

E o app mais acessado é do Facebook, que fica com 15% de nosso tempo.

Todos os dados são massivos, e podem ser ainda maiores pelo fato de o programa não registrar atividades com o telefone bloqueado.

Afinal, mesmo sem digitar a senha, podemos aumentar ou abaixar o volume, avançar ou voltar uma música, checar alertas de mensagens e a previsão do tempo.

É claro que estes dados, investigados entre americanos, não correspondem exatamente aos hábitos de uso do smartphone de nós, brasileiros.

Mas, na falta de pesquisas nacionais a respeito, sua divulgação serve para nos colocar em alerta.

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