Novas origens do sobrepeso

Quando se pensa entender as origens do sobrepeso, a ciência descobre outras causas. Novo estudo revela que é a dieta, e não a genética, que controla como o corpo armazena gordura.

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Você se mata na academia, fecha a boca a semana toda, sobe na balança e nada.

Então, o que será que acontece?

Um estudo revela que nem sempre é o que comemos que nos faz engordar.

E a explicação vai além do metabolismo.

A pesquisa foi feita pelo King’s College (Reino Unido).

Nela, foi investigado o papel que o intestino desempenha no processamento e distribuição de gordura.

Para isso, foram analisados o metaboloma fecal de 500 pares de gêmeos.

O metaboloma fecal é um mix de substâncias químicas produzidas por micróbios intestinais nas fezes.

Também foi avaliada a possível influência de fatores genéticos e ambientais.

Como resultado, observou-se que 17,9% dos processos intestinais poderiam ser atribuídos à herança genética.

Mas 67,7% da atividade intestinal é influenciada por fatores ambientais, principalmente a dieta.

Significa dizer que a flora bacteriana é capaz de promover a atividade intestinal para neutralizar o acúmulo de gordura.

E isso poderia ser feito através de dietas personalizadas pelo DNA de cada um.

Com isso, melhoramos a compreensão de como os produtos químicos produzidos pelo microbioma levam ao desenvolvimento da gordura na barriga.

O que pode servir para o desenvolvimento de tratamentos personalizados contra a obesidade.

Há a hipótese, inclusive, de que esses produtos químicos possam até ser usados em uma espécie de “papel higiênico inteligente”.

Mas, para isso, serão necessários mais estudos.

A expectativa é a de que possamos ter terapias baseadas na descoberta nas próximas décadas.

O estudo foi publicado no periódico científico Nature Genetics.

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