Nada tanto assim

Essa é grave. Estudo revela que a maioria dos shakes usados para substituir refeições fazem alegações de saúde que são exageradas ou falsas. E só agora as autoridades brasileiras passam a fazer exigências.

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Quase 80% dos shakes vendidos no Reino Unido não cumprem o que dizem nos rótulos.

A afirmação é de um estudo do King’s College London.

Aparentemente, as afirmações divulgadas são “claramente exageradas ou simplesmente falsas”.

O problema é que estes shakes são usados em dietas para perda de peso.

Por isso, sua ineficiência preocupa a nação mais obesa da Europa.

Foram analisadas 50 marcas comercializados naquele país.

E checadas quanto a composição e alegações nutricionais e de saúde.

Os dados foram cruzados com a regulamentação da União Europeia.

Como resultado, apenas 10 marcas atenderam a todos os requisitos.

79% não cumpriram os critérios para serem chamadas de “substituto de refeição para controle de peso”.

“Este grupo de consumidores geralmente tem falsas percepções sobre a eficácia de tais produtos”.

A explicação é de uma das autoras do estudo, Dra. Kelly Johnston.

“Mesmo que entendam as afirmações, muitas vezes não acreditam no que estão lendo”.

Exigir que os produtos atendam aos critérios de composição e rotulagem legalmente exigidos é o mínimo.

Assusta ver como um país tão desenvolvido passa por isso.

Mas, e no Brasil?

Em julho, a Anvisa (17/07) aprovou a regulamentação dos suplementos alimentares.

A resolução define os requisitos gerais, como regras de composição e qualidade.

A agência também vai publicar uma lista de ingredientes autorizados.

E serão exigidos estudos que comprovem a segurança e a eficácia de todas as substâncias utilizadas.

Agora, haverá um período de transição, quando as empresas deverão ajustar os produtos às exigências.

De qualquer forma, o uso de suplementos sem orientação pode causar dano à saúde.

Por este motivo, antes do consumo consulte seu médico.

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