Mudando o destino da dieta
Categoria: Pense
Toda dieta é fadada ao fracasso? Novo estudo revela o mecanismo em que os neurônios nos impedem de queimar gordura quando restringimos calorias. O que pode mudar os destino dos tratamentos para emagrecer.
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O processo é conhecido.
As dietas falham porque o corpo trabalha como um termostato.
Ele acopla a quantidade de calorias que queimamos à quantidade de calorias que ingerimos.
Quando comemos menos, o corpo compensa e queima menos calorias.
Sabemos que o cérebro regula este termostato calórico.
Mas como isso funciona tem permanecido um mistério.
Até hoje.
Um novo estudo revelou como o corpo se adapta a baixa ingestão calórica e limita a perda de peso.
A pesquisa foi feita pela Universidade de Cambridge (Estados Unidos).
Nela, foi realizado um experimento com ratos de laboratório.
Os pesquisadores testaram um grupo de neurônios AGRP na região do hipotálamo.
Esses neuropeptídeos são conhecidos por seu papel principal na regulação do apetite
Quando ativados, nos fazem comer.
Mas, quando totalmente inibidos, podem levar a anorexia quase completa.
Com um truque genético, os neurônios AGRP dos animais foram “ligados” e “desligados”.
Quando ativados, esses neurônios nos deixam com fome e nos levam a comer.
Já quando não há comida disponível, eles agem para poupar energia.
Enquanto este processo nos ajudou durante a evolução da espécie, tudo bem.
O problema é que, hoje, quando buscamos deliberadamente perder peso, o metabolismo não deixa.
O desafio, portanto, é reverter uma programação mental de milênios.
Parece que, finalmente, isso será possível.
“Este estudo pode ajudar em novas terapias para ajudar a reduzir o apetite descontrolado e a obesidade”.
A declaração é de um dos autores, Dr. Luke Burke.
Até lá, a melhor solução para emagrecer permanece a mesma.
Por enquanto, reduzir a cintura requer o mesmo esforço de sempre.
É preciso combinar exercícios com uma redução moderada na ingestão calórica.
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