Mosquitos do bem combatem a dengue

Se não pode com eles, junte-se a eles. Na luta contra a dengue no Rio de Janeiro, o ditado foi levado às últimas consequências. Ou melhor: às menores delas. Os cariocas estão, literalmente, dormindo com o inimigo. E confiando nele.

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Eliminar a Dengue: Desafio Brasil. Este é o nome de um programa internacional, que recebe apoio da Fundação Bill & Melinda Gates.

No Brasil, o projeto é financiado pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e pelo Ministério da Saúde.

O objetivo da missão é eliminar o risco da dengue de uma maneira natural, sem riscos para as pessoas e ainda por cima, autossustentável.

O campo de testes é o bairro de Tubiacanga, na Ilha do Governador, zona norte da cidade do Rio de Janeiro.

No local, foram soltos 200 mil mosquitos Aedes aegypti “produzidos” pela Fiocruz, nos últimos quatro meses.

Exatamente a espécie transmissora da dengue. Mas com um detalhe: os mosquitos Aedes aegypti são soltos infectados com a bactéria Wolbachia.

A bactéria, que não afeta os seres humanos, bloqueia o vírus e impede a transmissão da dengue, além de reduzir o ciclo de vida do mosquito.

Ao serem soltos na natureza, estes mosquitos espalham a bactéria entre os insetos locais.

Como os descendentes dos mosquitos já nascem infectados, a perspectiva é zerar o risco em toda a região – inicialmente em áreas de estudo, como o bairro carioca.

O projeto nasceu na Austrália, e hoje encontra-se em implantação no Vietnã, Colômbia e Indonésia.

A meta é beneficiar 2,5 bilhões de pessoas – ou seja, dois quintos da população mundial que, atualmente, vivem em áreas de transmissão da doença.

Ainda em sua primeira fase no nosso país, vamos acompanhar de perto os resultados, esperando ser esta a solução definitiva para a epidemia que todos os anos nos ameaça.

‪Conheça melhor o projeto no vídeo a seguir.

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