As melhores histórias de Carnaval

As melhores histórias de Carnaval

Lembra do Carnaval? É verdade que tem gente que até quer esquecer. Mas eu adoro as histórias que acontecem no chamado tríduo momesco. Tanto que pedi para que vocês mandassem as mais curiosas, engraçadas e especiais. Quem sabe a sua foi a escolhida?

A folia foi boa. Recebi dezenas de histórias pessoais relacionadas ao Carnaval. Adorei saber das experiências, romances, pequenos desastres e muitos fatos interessantes que acontecem e quase ninguém fica sabendo. Mas, agora, vão ficar!

Afinal, eu mesma compartilhei a minha história aqui. E hoje, escolhi as que considero mais divertidas e emocionantes. Será que foi a sua?

As colaborações mais queridas foram:

1º – Leticia Silveira

2º – Cleusa Steffen

3º – Michele Buarque

Queridas, obrigada! Podem aguardar que logo terei a oportunidade de retribuir seu carinho à altura. Agora, suas histórias vêm a seguir, para que conferiram e compartilhem. E a todos que participaram, muitos beijos!

Folia do destino, por Leticia Silveira

Minha estória de carnaval começa quando, com 16 anos, fui apresentada ao melhor amigo da minha prima. Na hora, nossos corações bateram mais forte que a bateria! Fomos assistir ao desfile no Rio de Janeiro, nos identificamos e nos apaixonamos, vivendo esse amor por três meses, pois quando meu pai descobriu e não deixou mais nos encontramos. Dizia que eu era muito nova e tinha que estudar antes de namorar. Minha prima, nosso “cupido”, foi embora pra Europa – e daí, nunca mais nos encontramos. Mas, 10 anos se passaram e não esqueci aquele que foi meu primeiro beijo, meu primeiro amor, meu primeiro Carnaval no Rio de Janeiro.

Foi então que, com 26 anos, fui vivenciar novamente a mágica experiência do Carnaval do Rio. E, desta vez, realizando o sonho de desfilar na Sapucaí e sentir tota a magia no coração e ao vivo. Estava eu na concentração da escola, aguardando a abertura dos portões e, sambando, tropecei no próprio pé. Caí ao chão e, para minha surpresa, quem veio me ajudar a levantar? Ele, o Beto, o meu primeiro amor, estava ali, me estendendo a mão, sorrindo pra mim e emocionado ao me encontrar, com a mesma fantasia que ele! Estávamos a postos para desfilar na mesma ala, com os corações pulsando como na primeira vez. E, como se não bastasse tudo isso, encontramos a minha prima no trajeto, com um grupo de amigas. Sim, o nosso cupido também estava lá! Contando, ninguém acredita. Mas o destino nos presenteou em dois carnavais e já estamos há 14 anos casados, felizes, nos amando e adorando o Carnaval, especialmente o do Rio de Janeiro.

Harmonia em família, por Cleusa Steffen

Uma segunda-feira normal, repleta de trabalho, ônibus até que vazio para casa, onde minha irmã me aguardava. Ela queria ir a um baile carnavalesco, mas, para que nosso pai liberasse, a condição era a de que eu fosse junto. Muito a contragosto fui, entrei e… foi amor à primeira vista, por uma pessoa que lá estava. Conclusão: 42 anos casados. Meu filho mais velho, que morria de rir da história, onze anos atrás foi passar o Carnaval em Salvador. E, na segunda-feira, também conheceu aquela que seria sua futura esposa! Ou seja, somos contra a teoria de que amor de Carnaval não sobe a serra.

Se joga, por Michele Buarque

Sempre fui apaixonada pela Mangueira. Sempre foi um sonho desfilar, mas, como estava muito gorda, dizia pra mim mesma: quando emagrecer, vou desfilar. No ano passado, durante o Carnaval, estava em casa, descansando, sem nada pra fazer. Pois eis que, de repente, uma amiga chamada Lucia pergunta se eu quero desfilar na Mangueira, pois uma garota que iria desfilar havia desistido. Não pensei duas vezes e fui, era umas 19:30 horas e minha escola entrava as 22h. Gente, meu coração não cabia dentro do peito, tamanha a minha emoção. A fantasia era completamente coberta, só mostrava meu rosto e minhas mãos, os dois pés da bota eram do pé esquerdo. Aqui no Rio estava um calor insuportável, mas mesmo assim eu fui!

Aí começou minha saga. Na hora de entrar no táxi, o meu esplendor ficou na cara do motorista, tanto que tivemos que abrir as janelas para eu poder entrar… Na hora de desembacar, acabei prendendo a mão na porta do carro. Gente, foi uma dor insuportável, pensei que ia morrer. E já não sabia se era de felicidade ou de dor mesmo. Estavámos em cima da hora, a minha escola era a segunda a desfilar. Eu e minha amiga fomos procurar a ala, e foi uma confusão. Eu e aquela roupa, que ficava agarrando em todos os componentes…

Mas, no fim tudo deu certo. Desfilei com o dedo doendo, depois nem senti que mais… Valeu muito a pena todo o sufoco que passei. Esse Carnaval ficou na minha história. Só de contar, lembro a emoção que senti ao ver minha escola desfilar – e eu ali, participando de tudo aquilo.

Neste ano de 2013, emagreci 47 quilos. E estou mais feliz que nunca! O que eu aprendi? Nunca deixe de viver algo por conta de seus próprios preconceitos. Via a vida intensamente. Afinal, a vida é única. Se joga!

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