Medalha perdida?

Medalha perdida?

Com a proximidade da Olimpíada, o mundo está de olho no Brasil. E em nossa boa forma. Estudo de universidade americana mostra como praticamos muito pouco do exercício que vamos exaltar.

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Percebe-se que a coisa não foi pensada a longo prazo pelo foco apenas em obras espetaculares e suas inaugurações espetaculosas.

Que maior legado não seria ter a população do país em que se realiza os Jogos Olímpicos em boa forma física?

Segundo estudo da Brown University (Estados Unidos), não será este o caso – justamente o contrário.

De olho na saúde dos próprios anfitriões da Rio 2016, os cientistas analisaram dados de 10.500 brasileiros, oriundos do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA Brasil).

São informações da saúde de funcionários de seis instituições públicas de ensino superior e pesquisa do Brasil, com idades entre 35 e 74 anos, todos sem histórico de condições cardiovasculares.

Deste universo, apenas 21% das mulheres e 29% dos homens declararam praticar atividades físicas em seu tempo livre.

Como comparação, mais de 50% da população dos Estados Unidos encontram-se fisicamente ativos.

Estes números correspondem a padrões internacionais, que determinam 150 minutos semanais de atividade moderada ou 75 minutos de exercícios vigorosos.

A boa notícia é que, embora sejam os poucos os conterrâneos que cumprem os padrões de atividade física, seus benefícios são grandes.

Em média, as brasileiras fisicamente ativas têm pressão arterial sistólica e diastólica (1,33 e 0,79 mmHg respectivamente) e batimentos cardíacos (1,96 batidas por minuto) significativamente mais baixos.

Seu risco de hipertensão é 22% menor.

Já os homens fisicamente ativos, em média, também apresentam menores pressão arterial sistólica e diastólica e batimentos cardíacos

Seu risco de hipertensão é 25% menor, e também revelaram 27% menor risco de diabetes.

Os números do estudo ELSA Brasil são considerados os mais confiáveis e que fornecem uma ampla amostra, representativa da diversidade do povo brasileiro.

Por isso são usados para projetar os riscos de saúde futuros da população.

Poderiámos estar em melhor posição no ranking, é verdade.

A esperança é a de que programas iniciados recentemente consigam reverter estes números no futuro.

Os cientistas consideram que esta possibilidade se concretize com a inspiração dos Jogos Olímpicos, encorajando as pessoas a praticarem exercícios.

É possível e desejável, mas igualmente improvável.

Cada vez mais, eventos supostamente esportivos ganham uma aura mercantil que gera distância e nenhuma empatia com o público.

Mas imagens de pódio sempre despertam aptidões adormecidas.

Por isso, vamos dar boas-vindas ao espetáculo que valoriza tudo que nos é mais precioso e olímpico: a mente sã em corpo são.

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