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Lucilia Diniz desmistifica o que significa viver bem a vida, por dentro e por fora.
Distúrbios alimentares são provocados por vários motivos, muitos deles se originam na cabeça, influenciada pelos padrões estéticos vigentes. Por isso, França aprova lei que condena à cadeia quem glorifique a anorexia.
Uma pergunta indiscreta – Se pudesse, o que mudaria em seu corpo?
A medida da real beleza – O que acontece quando trocamos números por elogios
A publicidade e a moda sempre privilegiaram modelos magras. Entretanto, nos últimos 10 anos esta prática tem recebido críticas de profissionais e autoridades médicas, principalmente na Europa.
De acordo com nova lei aprovada na França, no início de abril, incitar a anorexia pode ser punido com um até seis meses de prisão e multa de 75 mil euros (cerca de 256.000 reais).
A diminuição exagerada do apetite pode ser sintoma de doenças ou transtornos psicológicos.
A lei francesa pune a incitação “a buscar uma magreza excessiva, encorajando restrições alimentares prolongadas”, seja em desfiles, na publicidade de marcas ou em publicações na internet.
A partir de agora, as agências de modelos precisarão comprovar com um atestado médico que suas modelos não estão desnutridas. Tal avaliação leva em conta o índice de massa corporal (IMC).
A medida visa reprimir os efeitos que a beleza idealizada provoca, ao expor a população a um risco de morte ou colocar sua saúde diretamente em risco, principalmente entre meninas e mulheres jovens.
Na França, o país mais identificado com a imagem da moda, a anorexia afeta entre 30 mil e 40 mil pessoas, mulheres em 90% dos casos, e figura entre as patologias psiquiátricas com maior taxa de mortalidade.
Com esta iniciativa, entram na mira da lei sites e fóruns online que defendem a anorexia como um estilo de vida, um movimento conhecido em inglês como Pro-Ana.
Por absurdo que possa parecer, seus adeptos negam que a anorexia seja uma doença e trocam conselhos sobre como emagrecer de forma extrema.
O ideal é evitar os exageros, já que na contramão deste movimento vemos a popularização das modelos plus size.
Com a polêmica, quem ganha é a indústria da moda e da publicidade, que sem se importar com seus efeitos na saúde pública, mantêm-se em evidência.
Em busca da boa forma, é preciso discernir as ameaças, sem perder o foco no bem-estar.
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