Limpos e indefesos

Limpos e indefesos

Os sabonetes antimicrobianos estão da mira da FDA (órgão americano). Protestos e fortes indícios em estudos recentes questionam sua eficácia e apontam contaminação das pessoas e do meio ambiente. E o que é pior: deixam nossas defesas naturais comprometidas.

Após anos de suspeita de que sabonetes e pastas de dente “fortalecidas” com agentes antimicrobianos causam mais problemas que benefícios, a FDA (a Anvisa americana) pediu aos fabricantes que provem que seus produtos são seguros para o consumo. Caso contrário, esta categoria será banida das prateleiras.

Esta atitude foi aplaudida por especialistas em saúde pública, que há anos alertam sobre os problemas causados pela exposição excessiva a elementos químicos que podem tornar nossos corpos resistentes a infecções, entre outros problemas.

Entre as entidades que lutam pela transparência dos fabricantes de sabão está o Centro para a Segurança Ambiental da Universidade do Arizona (Estados Unidos), que combate o uso indiscriminado de antimicrobianos. Estudos em cobaias apontam alterações no metabolismo, o que indica risco para humanos.

Inicialmente utilizado por médicos, em preparação para cirurgias, o uso destes sabonetes entrou na moda recentemente, graças aos inúmeros lançamentos da indústria, que incluem os enxaguantes bucais, detergentes domésticos, tecidos e fraldas descartáveis. O problema é que os testes do governo não encontram evidências de que estes sabonetes “especiais” sejam mais eficazes que o bom e velho sabão de coco, por exemplo. Os fabricantes têm agora 180 dias para apresentar explicações. Enquanto isso, lavam as mãos. Mas a perda será grande, já que este mercado arrecadou 450 milhões de dólares em 2012.

Recentemente, falamos deste assunto. Vamos refrescar a memória?

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