Largar o açúcar compensa – e rápido

Largar o açúcar compensa

Cortar o açúcar da dieta compensa. E rápido. Estudo do Benioff Children’s Hospital (Estados Unidos) mostra como benefícios vêm após nove dias sem consumir a substância.

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Tomar decisões radicais sobre os hábitos alimentares pode cobrar alto preço.

Tão alto que muitos não conseguem arcar.

Mas insistir compensa.

É o que mostra um estudo feito pela equipe do Dr. Robert Lustig no Benioff Children’s Hospital, da Universidade da Califórnia em São Francisco.

Na pesquisa, crianças obesas registraram melhoria nos marcadores de problemas cardiovasculares já a partir de nove dias depois de cortar o açúcar da dieta.

Os pesquisadores acompanharam 37 crianças, com idades entre nove e 18 anos.

Todas eram obesas e com alto risco cardiovascular e de diabetes tipo 2.

Estas crianças receberam refeições com a mesma quantidade de calorias a que estavam acostumadas a consumir.

Só com um detalhe: os pesquisadores trocaram alimentos com açúcar adicionado, como bolachas e iogurtes, por opções como bagels e pizza.

Somente esta troca baixou o consumo de açúcar de 28% para 10%, e de frutose de 12% para 4% das calorias totais em um único dia.

Após nove dias, os pesquisadores descobriram uma queda de 33% nos triglicérides, um tipo de gordura ligada a problemas no coração.

Os participantes também mostraram redução de 49% de uma proteína chamada apoC-III, que está relacionada a altos níveis de triglicérides.

E uma significativa redução no colesterol LDL (Low Density Lipoproteins), também chamado de “mau colesterol”.

Ainda que o estudo seja pequeno e de curto prazo, suas descobertas se somam a pesquisas anteriores feitas pela mesma equipe, que implicam os açúcares adicionados como culpados por desordens metabólicas e doenças do coração.

“Calorias vindas do açúcar não são como as vindas de outros carboidratos”, explicou o Dr. Robert Lustig.

“Sem mudar a ingestão de carboidratos totais, ou de gordura, ou de proteína, fomos capazes de alcançar esta enorme melhora nos fatores de risco cardiovascular”.

“E mesmo sem relação com a perda de peso”, concluiu o Dr. Lustig.

A descoberta é animadora, ao mostrar como a resposta do corpo a alguns sacrifícios vem rápido.

Os gestos corajosos, por mais difíceis sejam suportar, compensam.

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