Jejum radical, resultados idem

A dieta do jejum ganha popularidade e respaldo científico. E outros parâmetros. Novo estudo aponta como cinco dias em jejum a cada dois meses pode melhorar a saúde e prolongar a vida. Será?

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A prática está definitivamente na moda.

Agora, um novo estudo analisou os benefícios de um tipo diferente de jejum.

Na verdade, um bem difícil, que promete ganhos proporcionais.

Ou melhor, perdas.

Afinal, o que você acha de restringir sua alimentação a um mínimo por cinco dias seguidos?

A pesquisa foi feita pela Universidade do Sul da Califórnia (Estados Unidos).

Nela, foram observadas 100 pessoas saudáveis, com idades entre 20 e 70 anos.

Os voluntários foram divididos em dois grupos.

O primeiro jejuou por cinco dias no período de três meses.

Nos dias de restrição, consumiram entre 750 e 1.100 calorias.

Estas calorias foram fornecidas por alimentos baixos em açúcar e proteína, mas ricos em gorduras insaturadas.

O segundo foi o grupo de controle, no qual os participantes comeram como normalmente o fariam.

Como resultado, os membros do primeiro grupo perderam uma média de 2,72 quilos.

E até 6 cm na circunferência abdominal.

E também reduziram os níveis de fator de crescimento semelhante à insulina tipo 1 (IGF).

Este é um hormônio associado ao risco de câncer e envelhecimento.

Os participantes que mais se beneficiaram foram aqueles considerados em risco devido ao alto IGF, colesterol, pressão arterial e níveis de açúcar no sangue.

Em seguida, o grupo de controle foi colocado em jejum, nos mesmos parâmetros.

O objetivo foi observar se experimentariam resultados similares, o que foi comprovado.

“A descoberta fornece mais evidências de que uma dieta de jejum tem efeitos sobre muitos marcadores metabólicos e de doenças”.

A declaração foi de um dos autores, Dr. Valter Longo.

“Em outras palavras, fazer jejum por cinco dias a cada dois meses poderia ter benefícios para o peso e a saúde”.

A descoberta é interessante, mas com ressalvas.

Isso porque os produtos alimentares utilizados no estudo foram fornecidos pela L-Nutra, uma empresa de tecnologia de nutrição fundada pelo autor do estudo.

A universidade americana declarou que a participação do professor na empresa foi gerenciado por políticas de conflitos de interesse.

É claro que se trata de uma dieta experimental, que precisa de mais estudos e validação oficial.

De qualquer forma, vale o registro.

Ultimamente, diversos estudos têm registrado emagrecimento e longevidade proporcionados por dietas que simulam jejum.

Entretanto, se for seu interesse engajar em algum regime tão radical, o mais seguro é buscar orientações de seu médico.

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