IMC além da conta

Sua medida sempre foi associada ao limiar de problemas. Mas um novo estudo revela o que mais se esconde por trás dos parâmetros do Índice de Massa Corporal.

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O IMC é uma medida para saber se o peso de uma pessoa é saudável.

A sigla representa o Índice de Massa Corporal – calcule aqui o seu.

É calculado dividindo o peso de um adulto por sua altura em metros quadrados.

O valor resultante corresponde a uma escala.

Nela, a faixa considerada ideal está entre 18,5 a 24,9.

Abaixo disso, a pessoa estaria desnutrida e, acima, com sobrepeso.

Mas estes números dizem mais: um IMC baixo ou alto compromete a longevidade.

É o que esclarece um estudo da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres (Reino Unido).

Nele, foram analisados dados de 3,6 milhões de pessoas.

Suas informações de IMC foram cruzadas com os óbitos ocorridos.

Como resultado, descobriu-se o quanto estar acima do peso abrevia a vida.

Os homens obesos, com IMC de 30 ou acima, perderam 4,2 anos de suas vidas, em média.

Já as mulheres na mesma situação perderam 3,5 anos.

No estudo, um IMC obeso esteve ligado a uma série de doenças.

Incluindo câncer, doenças cardíacas e condições como doença hepática, diabetes e doenças respiratórias.

Já um IMC magro demais foi ligado a condições como demência, mal de Alzheimer, doenças cardíacas e respiratórias, assim como suicídio.

Para cada 5 kg/m², uma pessoa pontuou acima de 25 na escala.

E seu risco de doença cardíaca aumentou 29% em relação à linha de base.

Do outro lado, cada 5 kg/m² abaixo de um IMC de 21 foi associado a uma chance 13% maior de desenvolver a condição.

“O mais impressionante foi o quão amplamente o IMC estava ligado a diferentes causas de morte”.

A explicação é de um dos autores do estudo, Dr. Krishnan Bhaskaran.

Por este motivo, é importante perseguir um peso saudável.

Alguma dica?

“A evidência mostra que, para as pessoas que desejam perder peso, uma abordagem lenta e constante é a melhor”.

“Faça mudanças realistas e permanentes em sua dieta”.

“E encare níveis de atividade física que serão sustentáveis a longo prazo”.

O estudo foi publicado na revista The Lancet Diabetes and Endocrinology.

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