A imagem da longevidade

Mais magra e saudável? Coma como uma japonesa. Estudo que acompanhou 80 mil cidadãos daquele país por 15 anos revela como a dieta é responsável pela maior longevidade. E como as mulheres ainda vivem mais que os homens.

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Com uma boa estratégia de marketing, o lançamento do livro As mulheres francesas não engordam (2009) pareceu perpetuar um mito que já caiu por terra.

Isso porque, diante do avanço dos alimentos processados como alternativa alimentar que combina com a rotina apertada, as francesas estão engordando – e adoecendo.

O marketing pode ter nos feito desviar o olhar dos bons exemplos que vêm do Oriente.

Afinal, em média, ninguém vive mais que as mulheres japonesas.

E esqueça o estereótipo de gueixas e samurais.

Na disputa entre gêneros, elas superam os homens com vantagem.

No país do sol nascente, a expectativa de vida feminina é de 87 anos (a deles é 80 anos).

Esta longevidade é conquistada em grande parte pela dieta que enfatiza o consumo de peixes e vegetais (incluindo frutas).

Para investigar o quanto desta afirmação corresponde à realidade, cientistas de Saitama e Tóquio acompanharam 79.594 voluntários por 15 anos – veja o estudo aqui.

Os participantes tinham idades entre 40 e 75 anos, e viviam em várias regiões do Japão.

Deste total, as pessoas que mais seguiram as recomendações alimentares do governo tiveram 15% menor fatalidades de quaisquer causas – principalmente tumores e doenças coronarianas.

A maior longevidade foi identificada com mulheres, pessoas que bebem chá e ingerem menos calorias.

Em geral, o povo japonês é o que mais adere às diretrizes alimentares governamentais.

A nota média que indica esta obediência foi de 47, de um total de 70.

Para efeito de comparação, 87% da população dos Estados Unidos está em desacordo com as normas que sugerem o prato ideal – veja aqui o Guia Alimentar para a População Brasileira.

Não se trata de trocar o arroz com feijão pelo sushi, já que as preferências nacionais são fruto de história e cultura particular de cada nação.

Mas adotar alguns dos fatores que as japoneses revelaram ser eficazes pode ser uma escolha inteligente.

Colocar mais vegetais nas refeições já é uma ótima iniciativa.

Afinal, uma reeducação alimentar encarada em qualquer etapa da vida pode interromper e reverter escolhas erradas feitas à mesa, mesmo que durante décadas.

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