Hotéis na retomada

Sonhando em viajar pelo mundo quando forem levantadas as barreiras ao coronavírus? Veja como será o hotel da pós-pandemia na previsão de designers e arquitetos.

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No pós-pandemia, os hotéis não terão recepcionistas.

O acesso ao quarto será sem toque, as suítes serão maiores e acomodarão academias embutidas.

As mudanças atendem a um novo perfil de hóspede.

Estas são algumas das previsões divulgadas pelo escritório de arquitetura britânico The Manser Practice.

O negócio que vivia da alta rotatividade de espaços confinados precisa repensar a sua atividade.

Certamente, estarão canceladas todas as convenções que reuniam centenas de estranhos por dias.

Além dos turistas, haverá uma demanda crescente por “hotéis de quarentena”, para viajantes que precisam aguardar 14 dias antes de serem admitidos em outros países.

No curto prazo, espera-se minimizar a interação entre staff e hóspedes.

Antecipa-se a robotização do setor, com a inteligência artificial no front desk.

Lá, o check-in será feito via telas, sem toque e com verificações de temperatura.

Novo check-in

Check-in via app, que também abre a porta do quarto

“As pessoas desejam a garantia de espaço limpo e adequadamente mantido”, disse Jonathan Manser, CEO da The Manser Practice.

A entrevista foi dada ao site Dezeen.

“O uso de tecnologias inteligentes para minimizar o número de pontos de contato entre a entrada e o quarto do hotel deixará os hóspedes mais à vontade sobre superfícies potencialmente contaminadas”.

A preocupação com a higiene indica que as pessoas poderão se afastar de serviços privados de acomodação, como o Airbnb.

Sua confiança seria buscada nas grandes redes de hotéis.

E isso consolida a indústria hoteleira, principalmente as grandes redes internacionais.

Outra mudança será a adoção de mão única nos corredores estreitos, para evitar esbarrões – é sério.

Novo quarto

Nova suíte, com espaço para malhar, trabalhar e escotilha para receber comida

No quarto, as portas serão abertas usando o smartphone.

O projeto do escritório prevê um quarto de 28 metros quadrados.

“Os quartos podem ficar maiores para permitir mais espaço para home office, em vez de as pessoas arriscarem usar os espaços compartilhados”, explicou o arquiteto.

Com o fim dos restaurantes com sistema de buffet, volta-se a antigas formas de serviço de quarto.

Entrega de refeições e lavanderia serão colocados do lado de fora, e os hóspedes os retiram por uma escotilha.

Resíduos seguem o caminho inverso.

Tudo para que os funcionários entrem minimamente no quarto, melhorando a privacidade e o distanciamento social.

Academia no quarto

Janelas “oriel” acomodam equipamentos solicitados

Academias cheias de pessoas suadas não parecem mais atraentes que um espaço para malhar no quarto.

Um simples retrofit pode ampliar as suítes com janelas oriel.

Este avanço na fachada pode acomodar bicicletas ou esteiras, solicitadas na reserva.

A inovação irá permitir exercícios com vistas panorâmicas.

Novos elevadores

“Elevadores apresentam o maior desafio”

Espaços diminutos, os elevadores apresentam o maior desafio para os novos hotéis.

Novos projetos podem reintroduzir o “paternoster”.

Este é um tipo de elevador popular na primeira metade do século 20.

O sistema consiste em um fluxo contínuo de compartimentos abertos para uma ou duas pessoas.

Eles não têm botões e param em todos os andares.

A expectativa é que o equipamento se torne parte da decoração, aumentando a “teatralidade do espaço”.

As mudanças esperadas não se restringem ao mundo físico.

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