GPS para doces

A pessoa esquece onde colocou a chave, mas nunca deixou o saco de jujubas. A evolução nos leva a lembrar com mais precisão os locais de alimentos de alto teor calórico, segundo um novo estudo.

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Os humanos lembram com mais precisão os locais de alimentos de alto teor calórico do que de alimentos de baixa caloria.

É o que revela um estudo da Wageningen University & Research (Holanda).

Nele, foi feito um experimento com 512 participantes.

Todos foram instruídos a seguir uma rota fixa ao redor de uma sala contendo oito amostras de alimentos ou oito almofadas de algodão com cheiro de comida colocadas em locais diferentes.

Em seguida, os cientistas analisaram o comportamento e a memória dos participantes.

As amostras de alimentos e aromas incluíram maçã, batata frita, pepino e brownie de chocolate.

Para concluir o teste, os participantes foram solicitados a indicar a localização de cada alimento ou amostra de aroma em um mapa da sala.

Como resultado, o mapeamento geral dos alimentos foi 243% mais preciso quando os participantes foram apresentados a amostras de alimentos em vez de almofadas de algodão com aroma de comida.

Os participantes apresentados a amostras de alimentos foram 27% mais precisos.

E aqueles apresentados a amostras de odores de alimentos foram 28% mais precisos no mapeamento de alimentos com alto teor calórico.

As descobertas indicam que a memória espacial humana tende a localizar alimentos com alto teor calórico.

Esse viés pode ter ajudado os ancestrais humanos a sobreviver em ambientes com disponibilidade variável de alimentos, permitindo-lhes localizar com eficiência alimentos ricos em calorias por meio da coleta.

Hoje em dia, com a facilidade de pedir pelo telefone qualquer tipo de alimento, esta habilidade só nos atrapalha.

O estudo foi publicado na revista Scientific Reports.

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