Garotas com glúten

Como a lei da física ensina, quem radicaliza de um lado tem que conformar-se com o movimento em sentido contrário. #GarotasComGlúten é uma hashtag que está povoando as redes sociais, criada para criticar nova classe de produtos que invadiu o mercado.

Tem gente que é magra de ruim.

E de perversa.

É o que podemos concluir diante do mais novo fenômeno da internet, a hashtag #GirlsWithGluten (#GarotasComGlúten).

O movimento é integrado por mulheres comendo carboidratos de modo explícito.

Trata-se de uma reação à diversidade de produtos sem glúten adotados por quem não precisa evitar a proteína, a não ser por modismo.

Glúten é uma proteína presente no trigo, especialmente no processado.

Nosso organismo não consegue quebrá-la.

Estudos indicam que as moléculas do glúten podem chegar à corrente sanguínea, causando inflamações e agravando a obesidade que, sabe-se hoje, é uma doença inflamatória.

Como conheço pessoas que, mesmo sem apresentar a intolerância natural a este ingrediente (o que é chamado de doença celíaca), sentiram-se melhor ao eliminar de vez do cardápio diário, acho que pode valer a tentativa – sempre buscando uma orientação especializada.

Mas nada disso interessa a quem usa a hashtag, ou simplesmente passou a seguir a página do Instagram que reúne as fotos que a utilizam.

O perfil já tem mais de 40 mil seguidores, gente que admira a atitude de quem assume gordura e calorias no cardápio.

São anônimas e celebridades, como Cara Delevingne, Rihanna e até Gisele Bundchen.

Irreverência ou irresponsabilidade?

Confira a seguir algumas das fotos. Para ver mais, visite o perfil no Instagram – clique aqui.