Fobia social tem nova cura

Fobia social tem nova cura

Fobia social é o transtorno de ansiedade mais comum do nosso tempo. Mas é incerta a eficácia dos tratamentos disponíveis. Agora, uma pesquisa sugere uma nova cura para o distúrbio de ansiedade.

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Quanto mais conectados, mais sofremos com os efeitos colaterais.

Entre as eles está a ansiedade social.

Estima-se que 12% da população será afetada pelo problema em alguma fase de suas vidas.

Pessoas diagnosticadas com o problema sentem dificuldade em estabelecer e manter relacionamentos saudáveis.

Na vida real e nas redes sociais.

Até hoje, uma combinação de terapia e medicação era considerada a abordagem mais eficaz para tratar o distúrbio.

Aparentemente, o método funciona bem em pacientes com traços depressivos.

Mas tem o efeito oposto em indivíduos com transtornos de ansiedade sociais.

Agora, uma pesquisa da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia e da Universidade de Manchester (Inglaterra) sugere uma alternativa.

Dispensando a medicação, quase 85% dos participantes do estudo melhoraram ou curaram-se usando apenas a terapia cognitiva.

A notícia é bem-vinda.

Isso porque os fármacos receitados, os inibidores seletivos da recaptação da serotonina, provocam efeitos colaterais graves.

Entre eles, alterações de pressão arterial.

Sem falar que, ao invés de curar, a medicação tende a mascarar o problema.

Quando os pacientes tomam estes medicamentos por algum tempo e depois tentam reduzir a dose, sofrem com a abstinência.

E tremores, rubor e tontura em situações sociais tendem a retornar.

Assim, os pacientes acabam em um estado de ansiedade social aguda novamente.

Mesmo assim, os pacientes muitas vezes dependem mais da medicação e não colocam tanta importância na terapia.

A crença é de que as drogas vão resolver o problema.

Desta forma se tornam dependentes de uma cura externa, ao invés de colocarem-se como parte da solução.

A terapia cognitiva é um tratamento onde o terapeuta trabalha para fazer com que os pacientes aceitem seus temores.

O objetivo é encarar as situações desafiadoras e mudar o foco para o que queremos dizer e fazer nessas situações.

Em outras palavras: aceitar interiormente e focalizar-se externamente.

Segundo os cientistas, “estamos usando o que chamamos de terapia metacognitiva”.

“O que significa que trabalhamos com os pensamentos dos pacientes e suas reações e crenças sobre esses pensamentos”.

“Abordamos sua ruminação e preocupação sobre como eles respondem às situações sociais”.

Aprender a regular os processos de atenção e treinamento com tarefas mentais são novos elementos terapêuticos com enorme potencial para este grupo de pacientes.

Os pesquisadores agora esperam desenvolver um padrão, para que a terapia se torne acessível para um maior número de pessoas.

O estudo foi publicado no periódico científico Psychotherapy and Psychosomatics.

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