Felicidade além do teto

A questão é antiga e, por isso, há muito investigada. Afinal, qual a respostas certa para a pergunta: “dinheiro traz felicidade”? Novo estudo surpreende ao atribuir valores e limites.

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O antigo ditado diz que o dinheiro não traz felicidade.

Um estudo já descobriu que sim, e pouco mais que 14 mil reais por mês bastariam.

Outro comprovou a tese, revelando um teto: 33 mil/mês seria um ponto além do qual o dinheiro perde seu poder de melhorar o bem-estar.

Mas este teto pode ser furado.

É o que revela um novo estudo, feito pela Universidade da Pensilvânia (Estados Unidos).

Nele, foram analisados 1.725.994 relatórios em tempo real de experiências de bem-estar de 33.391 pessoas.

Todos os participantes eram adultos e empregados.

Em momentos aleatórios, os participantes foram solicitados por seus smartphones a responder à pergunta: “Como você se sente agora?”.

Os resultados revelaram que o bem-estar aumentou linearmente com a renda familiar, com um detalhe: sem limite para esse efeito.

“Pesquisas anteriores descobriram que o bem-estar experimentado não aumenta acima da renda de R$ 400 mil/ano”.

A explicação é de um dos autores do estudo, Dr. Killingsworth.

Entretanto, sua equipe encontrou evidências de que o bem-estar experimentado tem uma inclinação acentuada acima de R$ 430 mil/ano.

“Isso sugere que rendas mais altas ainda podem ter potencial para melhorar o bem-estar das pessoas no dia a dia, ao invés de já terem atingido um patamar”.

Embora o motivo da ligação ainda não esteja claro, os pesquisadores sugerem que ter uma renda mais alta dá às pessoas um maior senso de controle sobre suas vidas, o que pode torná-las mais felizes.

O estudo foi publicado na revista científica PNAS.

Em resumo, ter dinheiro oferece controle sobre eventos inesperados; isso traz segurança e, assim, vem a felicidade.

O problema é encontrar uma pandemia pela frente, que iguala todos como alvo, independentemente de renda.

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