A estratégia da salada

A estratégia da salada

Não gosta de salada? Existe um truque para você favorecer os alimentos saudáveis. Estudo recomenda deixar frutas e vegetais à mostra todos os dias para vencer a rejeição.

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Há quem adore e nem precise de incentivo para encarar um prato de salada.

Já há aqueles que não comem nada verde – nunca.

Caso perdido?

Segundo estudo da Universidade de Wageningen (Holanda), existe uma estratégia para convencer os mais resilientes.

A pesquisa investigou o efeito da exposição contínua de crianças a vegetais e frutas.

Para isso, um experimento foi conduzido com 101 crianças, com idades entre quatro e seis meses.

Elas foram divididas em quatro grupos.

Os dois primeiros grupos receberam purês exclusivamente vegetais (feijão verde ou alcachofra) todos os dias durante 18 dias consecutivos.

Os dois grupos restantes receberam exclusivamente purês de frutas, (maçã ou ameixa).

No 19º dia, a dieta foi invertida: aqueles que comeram purês vegetais experimentaram pela primeira vez os purês de frutas e vice-versa.

A média de ingestão de vegetais nos primeiros grupos aumentou significativamente de 28 g em média nos dois primeiros dias para 45 g em média nos dois últimos dias.

O consumo de frutas nos dois grupos restantes aumentou de 40 g para 66 g, respectivamente.

O consumo de frutas foi significativamente maior do que a ingestão de vegetais desde o início.

A exposição repetida a frutas não teve nenhum efeito sobre o consumo de vegetais.

A ingestão média de feijão verde e ameixas aumentou significativamente após a exposição repetida.

A ingestão da alcachofra permaneceu baixa e a ingestão de maçã só aumentou ligeiramente.

Estes resultados confirmam que, na primeira exposição, a aceitação das frutas é maior do que a aceitação de vegetais.

E o desmame com legumes, mas não com frutas, pode promover a aceitação vegetal em lactentes.

É verdade que os participantes do estudo foram bebês.

Mas é notório como crianças podem ser refratárias ao consumo de vegetais.

A experiência serve como indicação de que, com insistência, é possível acostumar e educar o paladar.

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