Estamos todos exaustos
Categoria: Pense
Segundo estudo, a maioria das pessoas poderiam fazer bom uso de um descanso. Inclusive pilotos, cirurgiões e todo mundo que nunca pensamos, mas estão exaustos.
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O cotidiano nos esgota tanto que os finais de semana e as curtas férias que eventualmente conseguimos tirar não bastam.
Por este motivo, dois terços das pessoas sentem que poderiam ter mais descanso em suas vidas.
É o que revelou uma pesquisa feita pela Duke University (Estados Unidos).
No estudo, foram observadas 18 mil participantes, de 134 diferentes países.
Os pesquisadores investigaram os hábitos de descanso e as atitudes das pessoas em relação ao relaxamento.
Todos tiveram que responder a um questionário.
Entre as perguntas estavam “como o descanso afeta sua saúde e bem-estar” e “como as pessoas diferentes de você descansam”, por exemplo.
Eles também tiveram que dizer qual atividade consideram a mais relaxante.
A leitura ganhou o primeiro lugar, seguido de passeio ao ar livre, ouvir música e não fazer nada.
Por último, também tiveram que dizer em quantas horas nas últimas 24 conseguiram relaxar.
Como resultado, quanto mais jovens e de maior renda, mais cansados os voluntários estavam.
68% dos voluntários declararam precisar de mais descanso.
Aqueles com mais responsabilidades ou que trabalham em turnos foram os que descansaram menos.
Assim, o tempo médio de descanso nas últimas 24 horas foi de três horas e oito minutos.
Já quem disse não precisar descansar revelou níveis de bem-estar em dobro.
Segundo uma das autoras do estudo, a Dra. Felicity Callard, “mostramos que a habilidade de relaxar e o nível de bem-estar andam juntos”.
A satisfação maior dos cientistas é descobrir que a conexão entre descanso e preguiça não passa de um mito, que deve ser combatido.
A Dra. Callard ressalta como as atividades consideradas relaxantes são frequentemente realizadas fora do ambiente de trabalho.
“Talvez o modo correto de encarar a questão não seja observar as horas que passamos relaxando ou trabalhando como coisas separadas”.
“O ritmo do trabalho e os momentos de relaxamento, coletiva ou individualmente, deve ser considerado”.
Cada vez mais, o trabalho adentra no tempo anteriormente dedicado ao lazer.
Se navegamos distraídos na internet, nos deparamos com assuntos que podem promover o crescimento profisisonal.
E vice-versa.
O segredo está em equilibrar os limites.
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