A escassez dos ovos

Não é só a água que nos ameaça com sua escassez. Sinais alarmantes nos Estados Unidos anunciam a falta de ovos. Será que esta tendência deve nos deixar preocupados?

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Sobre quem veio primeiro, a dúvida persiste.

Mas parece que quem vai por último é o ovo.

Nos Estados Unidos, um surto de Influenza Aviária está afetando as galinhas poedeiras.

Com isso, já está sendo identificado desabastecimento e aumento dos preços dos alimentos que incluem os ovos na lista de ingredientes.

O preço dos ovos vendidos no atacado na forma líquida e em embalagens especiais para restaurantes, como o McDonald’s, quase triplicou nos últimos 30 dias.

Na tentativa de conter a doença, já foram abatidas quase 40 milhões de aves em todo o país.

No estado de Iowa, principal produtor, o surto já levou ao abate quase um terço das poedeiras.

Altamente infecciosa, a cepa do vírus mortal se originou na Ásia e se combinou com variações da América do Norte, segundo cientistas.

O perigo é potencializado pela forma como as granjas produtoras reúnem os animais em espaços confinados e sem ventilação adequada.

Para você ter uma ideia, algumas fazendas concentram no mesmo espaço cerca de 1,5 milhão de aves.

O problema é tão grave que afeta até a indústria farmacêutica, pois o ovo é usado no processo de fabricação de algumas vacinas, como as da gripe, sarampo e caxumba.

E por aqui, precisamos nos preocupar?

Claro que sim.

Assim como o vírus viajou da Ásia para os Estados Unidos, há o temor de que chegue até o Brasil.

Diante da ameaça, os produtores locais tentam organizar defesas sanitárias para evitar a chegada da doença.

Por enquanto, como toda crise representa oportunidade, a situação representa boa chance de aumentar exportações.

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