Enfraquecendo a relação

O assunto nos interessa, pois somos as maiores vítimas de sua ausência. Entretanto, novo estudo revela que suplementação de cálcio não funciona como deveria. E agora?

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90% das mulheres não consomem a quantidade ideal de cálcio.

Com isso, nossa ossatura se degrada mais rapidamente, o que pode levar à oesteoporose.

Em decorrência do problema, a International Osteoporosis Foundation (IOF) calcula que o número de fraturas no quadril deve crescer 32% até 2050 no Brasil.

O dado se baseia no envelhecimento da população: o número de indivíduos com mais de 70 anos aumentará 380% até 2050, representando 14% do total.

Portanto, nada mais natural que buscarmos a suplementação de cálcio, através das pílulas ingeridas regularmente.

Mas, segundo dois novos estudos, realizados por pesquisadores da Universidade de Auckland (Nova Zelândia), estamos perdendo nosso tempo.

E, com ele, a esperança.

Aparentemente, aumentar o consumo de cálcio não melhora a saúde óssea.

E nem ajuda a reduzir o risco de fraturas em pessoas com mais de 50 anos.

Pelo contrário, já que o consumo exagerado de suplementos provoca sérios efeitos colaterais, como problemas estomacais, pedras nos rins, constipação e até doenças cardiovasculares.

Em um dos estudos, que analisou 59 pesquisas realizadas anteriormente, os cientistas descobriram que aumentar o consumo diário de cálcio, seja na alimentação ou por meio de suplementos, elevou em até 2% a densidade óssea.

Entretanto, esse aumento não revela-se suficiente para reduzir os riscos de fratura.

Isso porque as mulheres na pós-menopausa perdem, em média, 1% de densidade óssea por ano.

O segundo estudo avaliou o resultado de 40 pesquisas, que relacionavam a ingestão de cálcio por indivíduos com mais de 50 anos e seu impacto na ocorrência de fraturas.

A conclusão foi a de que a ingestão de cálcio foi inócua, já que não aumentou nem reduziu o número de casos.

O estudo também não encontrou evidências consistentes que confirmem os benefícios dos suplementos para a saúde óssea.

A avaliação é que o risco dos efeitos colaterais da ingestão de cálcio em excesso parecem superar as pequenas reduções na perda da densidade óssea.

Diante destes resultados, é preciso reavaliar a recomendação feita por profissionais de saúde, que atualmente indicam a ingestão de 1.000 a 1.200 mg de cálcio diariamente para os idosos.

Se a questão atinge a você especialmente, o melhor a fazer é consultar seu médico sobre o que fazer a respeito.

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