Enfim, é hora de começar

Toda hora é hora. Até quando se acha tarde demais. Estudo revela como sedentários a vida toda podem se beneficiar ao começar a praticar atividades físicas.

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Todo ano, você promete a si mesma começar a fazer academia.

Logo estamos em maio, e assim passam-se décadas.

Mas fica sempre aquele pensamento: será que ainda dá tempo?

A resposta é afirmativa – e que não será tão fácil.

Ela vem de um estudo do Instituto para o Exercício e a Medicina Ambiental (Estados Unidos).

O trabalho analisou a saúde dos corações de 53 adultos, entre 45 e 64 anos.

Todos eram saudáveis, porém sedentários.

Os voluntários foram divididos em dois grupos.

O primeiro seguiu uma rotina de exercícios aeróbicos, que progrediram de intensidade ao longo de dois anos.

No mesmo período, o segundo grupo praticou yoga, exercícios de equilíbrio e com o uso do peso do corpo.

Como resultado, quem fez exercícios aeróbicos teve a ingestão máxima de oxigênio 18% mais eficiente.

E 25% mais plasticidade no músculo ventricular esquerdo – ambos marcadores de um coração saudável.

Plasticidade é a capacidade que alguns tecidos apresentam de se adaptarem a situações impostas.

“O segredo do coração saudável na meia-idade é a dose certa de exercício, no momento certo da vida”.

A explicação é do autor do estudo, Dr. Benjamin Levine.

Mas é preciso correr para reverter o prejuízo.

A partir da meia-idade, são necessários dois anos de exercícios aeróbicos, quatro a cinco dias por semana.

Com esta intensidade, seria possível reverter o efeito de décadas de sedentarismo sobre o o coração.

Haveria um limite para tomar esta decisão?

Este regime de exercícios aeróbicos deve ser iniciado antes dos 65 anos.

Até esta faixa etária o coração parece manter a “plasticidade” e a capacidade de se remodelar.

Embora sejam estas as indicações apontadas, não devem ser consideradas como universais.

Os pesquisadores ressaltam algumas especificidades do estudo.

Uma delas foi que os voluntários estavam dispostos e aptos a participar de um regime de exercícios intensivos.

O que pode não ser o caso da população adulta em geral.

Outros fatores que podem alterar os resultados são a dieta ou até, por exemplo, a poluição.

Entretanto, motiva saber que é possível reverter o dano de anos, desde que haja dedicação.

E que todo o processo seja acompanhado por um médico, é claro.

O estudo foi publicado no periódico científico Circulation.

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