Junte-se a mais de 100,000 pessoas que recebem conteúdos semanais por e-mail.
Lucilia Diniz desmistifica o que significa viver bem a vida, por dentro e por fora.
É com neurônios que se fazem tanquinhos. Estudo português revela a forma como o cérebro diz ao corpo para “queimar” gordura. Descoberta pode abrir o caminho para novos tratamentos contra a obesidade.
Levanta-te e anda – O sedentarismo não está com nada
20 minutos para mudar a sua vida – Veja o LIT (Lucilia Intensive Training)
Um estudo desvendou o mecanismo que permite ao cérebro ativar as células adiposas do corpo, induzindo-as a degradar a gordura que contêm.
A pesquisa foi feita pelo Instituto Gulbenkian de Ciência, em colaboração com a Universidade Rockefeller (Estados Unidos).
O tecido adiposo representa 20 a 25% do peso corporal e as suas células contêm triglicéridos, ricos em energia.
Quando não comemos o suficiente, essas gorduras são usadas para suprir as nossas necessidades.
Mas o efeito colateral é a fome.
O equilíbrio entre escassez e saciedade é feito pelo hormônio leptina, cuja tarefa é garantir que o nosso peso corporal permaneça dentro de valores aceitáveis.
Entretanto, o cérebro de muitas pessoas obesas, mesmo com altos níveis de leptina em circulação, não se sensibiliza com o sinal de saciedade emitido.
Nestes casos, o cérebro não “vê” a leptina.
A descoberta agora anunciada pode permitir o controle deste mecanismo.
Com novas tecnologias, os cientistas puderam observar o tecido adiposo em profundidade.
Assim, descobriram que suas células são inervadas por fibras projetadas por neurônios do chamado sistema nervoso simpático (parte do sistema nervoso não consciente).
Ao estimularem estas fibras nervosas em cobaias conseguiram induzir a degradação das gorduras por essas células.
Isso acontece com a atuação até então desconhecida da noredrenalina.
Trata-se de um neurotransmissor que, ao ser libertado pela estimulação dos neurônios em questão, desencadeia uma cascata de sinais nas células adiposas que conduz à lipólise (degradação das gorduras).
“Há cerca de meio século que se sabe que a norepinefrina é um gatilho da degradação das gorduras”, declarou a líder do estudo, Ana Domingos.
“Só não se sabia de onde ela vinha, porque a norepinefrina (também) é libertada pelas glândulas adrenais, que não estão envolvidas nos processos de perda de peso.”
Agora já sabem: a norepinefrina vem destes neurônios.
“A ação que ativa a lipólise é local e não sistémica”, salienta Ana Domingos.
A notícia revela mecanismos que poderão ser utilizados, em breve, em tratamentos contra a obesidade.
Junte-se a mais de 100,000 pessoas que recebem conteúdos semanais por e-mail.
Lucilia Diniz desmistifica o que significa viver bem a vida, por dentro e por fora.