É errando que se aprende

É errando que se aprende

O velho ditado nunca esteve tão certo. Se você quiser bem sucedido, falhe primeiro. Estudo da Johns Hopkins University afirma que são os erros que aceleram o aprendizado.

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Sobre o assunto, o dramaturgo e escritor irlandês Samuel Beckett tem uma frase ótima: “Faça de novo. Tente outra vez. Erre outra vez. Erre melhor”.

Em estudo recente, pesquisadores da Johns Hopkins University (Estados Unidos) descobriram que nossa habilidade em executar uma tarefa, tanto física como intelectual, não tem a ver com uma aptidão nata. A verdade é que ficamos melhores ao tentar – e falhar – inúmeras vezes.

Uma vez que desenvolvemos uma habilidade, seja jogar tênis ou tocar piano, nosso corpo passa a “saber” intuitivamente como reproduzir aquela ação.

No experimento conduzido, os voluntários jogaram um vídeo game até completar a missão proposta. Em seguida, o controle foi descalibrado. Depois de alguns erros, os jogadores conseguiram novamente completar a missão – e com ainda maior precisão e velocidade que da primeira vez.

A teoria é de que nosso organismo tem a capacidade de “lembrar” do que fez corretamente, e procura repetir o acerto, como uma memória corporal e inconsciente.

Os resultados do estudo vão ajudar a desenvolver terapias de reabilitação para quem sofreu derrames ou acidentes neuromotores.

O recado é que devemos insistir, até dominar a habilidade de realizar a tarefa a qual nos propusemos. Se foi assim para aprender a dirigir, ou a falar uma nova língua, não há de ser diferente em uma nova tarefa. O ditado nunca esteve tão certo: é errando que se aprende.

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