Dieta, longevidade e sono
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Já vimos como a restrição de calorias pode prolongar a vida útil. Agora, um novo estudo revela que isso acontece alterando a qualidade do sono.
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Cortar severamente as calorias ingeridas pode aumentar a expectativa de vida.
Agora, a ciência explica o porquê.
Um estudo em que as pessoas consumiram 15% a menos calorias que o habitual descobriu que comer menos afeta o que acontece com o corpo durante o sono.
A pesquisa foi feita pelo Centro Pennington de Pesquisas Biomédicas (Estados Unidos).
Nela, foram acompanhados 53 adultos voluntários por dois anos.
Deste grupo, 34 pessoas comeram 15% menos calorias durante o período.
Ao final, quem comeu menos mostrou uma queda dramática nas taxas metabólicas noturnas.
Na verdade, em incríveis 10%.
E uma pequena, mas significativa, queda na temperatura corporal durante a noite.
A análise de amostras de sangue revelou que essas pessoas também tiveram uma queda de 20% no estresse oxidativo celular.
Exatamente um dos aceleradores do envelhecimento.
Tudo indica que uma dieta hipocalórica pode levar o corpo a ter uma taxa metabólica de repouso mais baixa.
Este pode ser um mecanismo evolutivo para economizar energia quando a comida é escassa, como é visto em animais que hibernam.
Mesmo que funcione bem para alguns, a restrição de calorias não é para todos.
A estratégia requer um planejamento cuidadoso.
E os efeitos colaterais podem incluir perda da libido e sensação de frio.
O estudo foi publicado no periódico científico Cell Metabolism.
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