Dieta da paciência

Você já fez várias dietas e nenhuma dá certo? Falta perseverar. Estudo dinamarquês explica somente após um ano o corpo se acostuma à nova programação. E passa a garantir seus benefícios.

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O corpo humano evoluiu para acumular e resistir a qualquer tentativa de perda de peso.

O que nos tornou possível sobreviver em tempos de escassez de alimentos tornou-se um problema moderno incontornável.

Agora que a comida é prontamente disponível, o mecanismo ancestral não pode ser simplesmente desligado.

Se mantivemos esta característica dos neandertais, certamente abandonamos um tanto de sua perseverança.

Pois é justamente este componente que pode fazer a diferença no sucesso (ou fracasso) das dietas.

Segundo estudo da Universidade de Copenhagen (Dinamarca), seguir uma reeducação alimentar sem desvios por 12 meses faz com que a mudança seja internalizada com naturalidade.

Como queremos tudo para já, diante de conquistas fugazes proporcionadas por restrições em curtos períodos de tempo, não conseguimos compreender o conceito.

Na pesquisa, 20 voluntários obesos foram submetidos a uma dieta específica, e perderam em média 12 quilos em dois meses.

E, ao seguirem a mesma dieta pelos 12 meses seguintes, registraram produzir menos grelina, o hormônio que induz a fome.

E produziram mais GLP-1, o hormônio que suprime o apetite.

De acordo com a Dra. Signe Sorensen Torekov, co-autora, “sabemos que quanto mais perdemos peso, mais o corpo luta contra este processo”.

“Mas realmente descobrimos que, se você for capaz de manter o seu peso baixo por um período mais longo, parece que o corpo se adapta a este novo ponto de referência”.

O estudo foi publicado no International Journal of Obesity.

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